A frente da presidência da Câmara de vereadores de Avaré perfazendo seu primeiro ano, o vereador Francisco Barreto de Monte Neto, mais conhecido como Barreto do Mercado concedeu uma entrevista ao Jornal A Bigorna, na manhã do dia 24.
O vereador explanou sobre seus projetos de reforma da Câmara, que segundo o parlamentar são necessárias, falou da posição política e do grupo que faz parte atualmente.
Ponderado em suas palavras, Barreto destacou que sua gestão à frente da presidência tem por meta ser fiel ao eu estilo político e administrativo.
Leia abaixo:
1- Jornal A Bigorna -Quando o senhor foi eleito, houve algum comprometimento entre seu grupo?
Barreto: O grupo já tinha postura de diálogo. Ficamos entre eu e o Flávio Zandoná. Eu não abri mão. Tinha proposta, no início, da outra parte, mas a conversa não foi adiante.
Não foi falado sobre apoios. Apenas acordo da eleição da Mesa. Veio o nome da Adalgisa e o Ernesto abriu mão, depois o do Sérgio e do Zandoná. Assim a Mesa Diretora ficou formada.
2- JB – Existem colegas de bancada insatisfeitos com o senhor?
Barreto – Algumas desavenças. Mass tudo pode ser resolvido internamente. Acho que está chegando perto das eleições, e acredito que com o tempo cada um vai procurar mais espaço.
Na Mesa Diretora mesmo, não temos problemas.
3- JB – Alguns votos seus de ‘minerva’ desempate desagradaram sua base, por quê?
Barreto – Foram apenas duas vezes que votei em separado. Uma do requerimento da vereadora Adalgisa sobre o transporte escolar, e outra sobre a regularização de cargo para licitação da prefeitura, que exigia antes, nível superior direcionado, entretanto, depois que mudaram o projeto para – apenas nível superior – eu analisei e vi que na Câmara temos o mesmo modo. Não acho justo que aqui tenhamos funcionários com nível superior de qualquer espécie, e na prefeitura não poder ter.
4- Seu voto criou uma certa instabilidade entre sua base.
Barreto – Muitas coisas passaram debaixo da ponte nesses 15 dias.
5- JB-Tipo o quê?
Barreto – Para bom entendedor, meia palavra basta.
6- JB-Como você analisa seu voto então?
Barreto- Não houve problemas sobre o meu voto, mesmo porque não acredito que houve qualquer tipo de desgaste. Durante a análise, uma hora o projeto passava, noutro dia, não. Todos os vereadores do meu grupo já sabiam como eu votaria, comuniquei a todos.
7- JB- Comenta-se que o senhor almeja algum cargo junto a prefeitura, isso procede?
Barreto – Jamais. Não faço política desse jeito. Apoiei o Poio e nunca pedi nada a ele. Isso não faz parte do papel do vereador. Não tenho nenhum relacionamento com o prefeito. Apenas político e Institucional.
8- JB-A Ação do prefeito para não responder aos requerimentos não foi uma afronta à Câmara?
Barreto- Sem dúvidas, por isso estamos recorrendo.
9- JB- É nítido que o prefeito não gosta e não quer diálogo político com a oposição, o que o senhor acha deste modo de fazer política?
Barreto – Isso ocorre desde o começo da gestão. Quando tentei diálogo, não houve. Tenho apenas diálogos com os secretários.
10-JB- Como é o relacionamento entre o senhor e todos os vereadores?
Barreto – Normal. Dentro da apolítica. Não misturo as coisas. Apenas temos pontos divergentes, mas nos respeitamos. Já a base do prefeito é a mesma coisa, muito boa.
Tenho que defender o Legislativo como Instituição. Nós temos que estar unidos em prol da Câmara.
Sou presidente de todos.
12- JB - Para finalizar. Há ‘racha’ no grupo?
Barreto – Há problemas, mas temos diálogo. Se existe problemas, nós sentamos e conversamos. O diálogo é salutar na política.Jamais vou rachar com o grupo. Acho que nenhum vereador deve se sentir obrigado a votar sempre com o grupo. Meus votos são conscientes. E volto a ressaltar, sempre comunico meu voto ao grupo.