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    Eleições como nunca vista desde a redemocratização

    1199 Jornal A Bigorna 29/07/2022 22:00:00

    Mario Sabino escreveu na Cruzoé uma frase que repercutiu com certa frequência no Brasil: “Entre Jair Bolsonaro e o diabo, voto no diabo”. Diante do comportamento do atual presidente da República, ela é compreensível. O encontro com os embaixadores estrangeiros, por exemplo, no qual Jair Bolsonaro simplesmente tentou jogar no lixo a democracia brasileira, é um daqueles momentos que entrarão para a vasta história da ignomínia nacional.

    Para Sabino, nestes tempos de evangelismo celerado — e, ao mesmo tempo, de ateísmo em expansão — tanto Deus quanto o diabo foram barateados, tornaram-se personagens caricatos e, portanto, passíveis de chistes.

    Para Diogo Mainardi, de acordo com a pesquisa do BTG (ou do Datafolha), a disputa pode ser encerrada em 2 de outubro. De acordo com a pesquisa da XP, a coisa deve se arrastar até 30 de outubro. O resultado final, porém, é uma barbada: no mano a mano, Lula pulveriza Jair Bolsonaro com uma margem de uns vinte pontos.

    O MDB de Simone Tebet, por exemplo, pretendia barganhar seu apoio só no segundo turno, mas corre o risco de ser atropelado por um triunfo imediato de Lula. Tebet sabe que não tem chance alguma, e faz a velha política, de se lançar para depois barganhar e com seu slogan ridículo de moralidade e mudanças quando na verdade, ela não passa de massa escorrida da mesma laia.

    Se a campanha eleitoral acabou antes mesmo de ter iniciado, com a vitória anunciada de Lula, escreve Mainardi, é preciso que seus oponentes comecem a se organizar. A unanimidade lulista é fruto exclusivo da calamidade bolsonarista. Assim que se desfizerem do sociopata, chutando-o do Palácio do Planalto e prendendo-o na Papuda, os brasileiros devem voltar a espernear livremente, como tem de ser.

    O cearense Ciro Gomes joga o jogo do toma-lá-dá-cá, ou seja puxar legenda para colocar deputados de seu partido no Congresso, pois sabe que, assim como Tebet, não tem chance alguma — é outro do mais do mesmo, já disputou as eleições sem sucesso em 1998, 2002 e 2018 – quando já havia dito que não voltaria a disputar o Planalto.

    Entre tapas e beijos a polarização Lula — Jair já é cristalizada e Jair sabe que vai perder nas urnas eletrônicas que ele foi eleito várias vezes. O sociopata já sabe que sairá pela porta dos fundos, sem direito a apagar às luzes.

    *Por André Guazzelli

     

     

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