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    Entre a cruz e a espada _Chatô

    Artigo

    1960 Jornal A Bigorna 25/03/2020 13:40:00

    Por Assis Chateaubriand

    A situação em que nos encontramos, hoje em pleno 2020, transubstancia-se em algo que nunca vivi, apesar de minha idade um pouco avançada, e vejo um cenário um pouco aterrador.

    Imagine que você se encontra diante de uma decisão importante, que pode mudar toda a sua vida. Alguém se aproxima e lhe diz: “Não há como fugir. Você precisa escolher. Terá de fazer sua opção”. Você se sente, então, entre a cruz e a espada. E as circunstâncias se agravam ainda mais se a sua decisão envolver outras pessoas. Em momentos assim, a escolha pode se tornar muito difícil, uma verdadeira arte. Seria muito bom se essas escolhas não comportassem certa carga de angústia. Mas escolher dói, causa inquietação, medo, insônia, porque significa também renunciar a algo.

    É a encruzilhada da vida!

    Assim me coloco na situação de duas vertentes.

    As dos que precisam sobreviver de seu trabalho, e a dos que não necessitam disso no momento e podem ficar em suas casas. Não antes, porém, analisar, que, na verdade nossa ‘quarentena’ não é 100%, pois existem milhões de pessoas pelo mundo que continuam a trabalhar, pois se eles pararem faltará comida na mesa de todos nós, ou seja, estamos e não estamos em ‘quarentena’.

    Difícil, pensar nisso, não amigo leitor e sofredor?

    Quando me refiro a ‘cruz e a espada’ penso que, inobstante estamos sim em risco, e, na verdade, pior, dois riscos.

    A de milhões morreram por esse vírus, e a de outros milhões quebrarem e passarem fome por falta de emprego. Isso mesmo meu amigo. Vivemos um dilema que, muitos não terão dinheiro para comer, enquanto outros sobreviverão. E aqui com meus botões, ‘cogito ergo sun’ (penso logo existo), sobreviverão como, se somos uma sociedade, quero dizer uma cadeia-humana em que um depende do outro?

    Neste momento, temos que analisar todas as circunstâncias. Existem prós e contras, a fala do atual presidente Bolsonaro. Uns querem confinamento, outros não, apenas parcial.

    Realmente uma situação anormal que passamos e nos leva a refletir sobre isso. Total, parcial, ou somente os idosos e doentes? Uma escolha difícil, mas que terá que ser tomada ainda por estes dias, ou nos tornaremos um The Walking Dead em breve!

    Não sou cientista ou pesquisar, mas acredito que a sociedade não se autossustenta por mais do que 30 dias, depois disso virá o colapso econômico, e, por consequência, o colapso da saúde – e um caos sem precedentes.

    Reflita!

    Estamos entre a Cruz e a Espada!

    Oremos.

    Chatô é escritor

     

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