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    Governo de SP diz que precisa de kit Intubação em 24 horas para evitar colapso

    1611 Jornal A Bigorna 14/04/2021 12:10:00

    O governo de São Paulo enviou ofício ao Ministério da Saúde na terça (13) afirmando que precisa receber medicamentos do kit Intubação em 24 horas para repor estoques e evitar o desabastecimento de drogas essenciais para o tratamento dos pacientes de Covid-19 em situação grave.

    "A situação de abastecimento de medicamentos, principalmente daqueles que compõem as classes terapêuticas de bloqueadores neuromusculares e sedativos está gravíssima, isto é, na iminência do colapso, considerando os dados de estoque e consumo atualizado pelos hospitais nesses últimos dias", afirma o documento assinado pelo secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.

    Segundo ele, "a partir dos próximos dias" faltará medicamentos, caso nada seja feito. São bloqueadores neuromusculares e fármacos para sedação contínua dos pacientes que permanecem intubados –e que, sem eles, não suportariam as dores do procedimento e do uso dos aparelhos.

    Gorinchteyn afirma no documento que há mais de 40 dias vem formalizando "reiteradamente" ao Ministério da Saúde solicitações para a adoção de "medidas expressas e urgentes" para a recomposição dos estoques em São Paulo.

    Diz que enviou nove ofícios, que enumera no documento, "sem retorno".

    "Tais fatos motivam nossa insistência em solicitar providências imediatas", afirma ele.

    Desde março, o Ministério da Saúde passou a fazer requisições administrativas que obrigam as fábricas a destinar o excedente de sua produção para a pasta, que depois redistribui os medicamentos para os estados, por meio do SUS.

    O secretário afirma que tem enviado informações diárias sobre estoques ao ministério, mas não tem sido atendido. A quantidade de drogas enviadas ao estado foi até agora "ínfima", segundo diz.

    "O Ministério da Saúde mantém o mercado produtor nacional requisitado administrativamente desde o mês de março, prejudicando e dificultando o acesso dos hospitais, municípios e desta pasta aos fabricantes do 'kit intubação'", afirma ele.

    "O Ministério da Saúde manteve o Estado de São Paulo durante 6 (seis) meses sem fornecimento de qualquer quantidade de medicamentos provenientes das requisições administrativas realizadas", segue. E "furta-se a esclarecer qual critério adotado para definir a distribuição dos milhões de unidades farmacêuticas requisitadas, face ao quantitativo ínfimo enviado ao Estado de São Paulo".​

    O documento diz que a secretaria "tem envidado esforços, por meio de várias estratégias, para a aquisição dos medicamentos que compõe o 'kit intubação', visando mitigar o cenário de desabastecimento". As estratégias adotadas também por gestores dos hospitais municipais e do estado, no entanto, não "estão logrando êxito devido à capacidade produtiva e comercial dos fabricantes e distribuidores de medicamentos do 'kit intubação'".

    Os produtores não estão conseguindo atender a velocidade da demanda "crescente e exponencial" de casos graves de Covid-19 em todo o país.

    "A centralização da aquisição do 'kit intubação' em âmbito federal é fundamental para equacionar a gestão da disponibilidade dos medicamentos no mercado nacional, frente às demandas dos estados considerando a competição de mercado instalada entre os vários gestores de todo país, neste cenário de escassez de produtos", afirma o secretário.

    No final, ele lista a quantidade de quatro bloqueadores neuromusculares, de três fármacos para sedação contínua e de um fármaco para analgesia "em até 24 horas, minimamente para suprir o abastecimento de 643 hospitais para os próximos dez dias".(Da Folha de SP)

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