De repente surgiu uma pressa. Doar terrenos no final do ano. Tudo que deveria ser planejado, ao contrário, mostrou-se uma ‘pressa descomunal’.
Primeiro Jô Silvestre faz o correto, que é mandar um projeto de lei que autoriza a doação de terrenos, conforme lei.
Depois como a Câmara se debruçou no assunto para trabalhar de forma a não contrariar o que prevê a lei, Jô Silvestre se desapruma e faz as ‘doações que não são doações’ por decreto, sem qualquer segurança jurídica para os empresários que investirão no local.
A permissão de uso pode ser desfeita a qualquer momento, o que gera certa desconfiança.
E porquê desconfiança.
Um administrador público, além de ter a obrigação de um plano de administração, não faz nada de forma abrupta, quer naquele instante, mostrando que sua ação dá a conotação de que algo foi mal feito – essa pressa absurda – não tem sentido, afinal em pleno final de ano, assim, com uma varinha de condão quer transpor e desobedecer a lei, ao invés de dar condições jurídicas corretas e sensatas aos empresários.
Fez uma propaganda estrondosa, mas pouco disse quem são os beneficiados. Afinal senhor prefeito, dê o nome a todos os beneficiados, porque administrar de forma amadora lhe dará um triste fim quando deixar a política.
Um administrador público sensato segue as normas e não atropela as regras. Sua pressa em ‘permitir sem doar’ causa um frisson que as autoridades deveriam se ater.
O Ministério Público, bem como os fiscais da lei – Câmara – devem usar uma lupa para analisar tais permissões apressadas.
Silvestre só não deveria se esquecer de que a Justiça pode tardar, mas na maioria das vezes, ela não falha.
O mal político ‘fenece pela boca dos outros’.
Há algo de podre no Reino da Dinamarca!