O clima na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, principalmente em Mato Grosso do Sul, é de apreensão e expectativa com os efeitos da prisão do brasileiro L.A.F, conhecido como “irmão Levi”. Ele foi detido na Operação Norte, da policia paraguaia, em Assunção, por volta das 4 horas da manhã de segunda-feira (14).
Segundo as autoridades paraguaias, era o principal fornecedor de armas e drogas para as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) em operação na região norte do país, na fronteira seca sul-mato-grossense.
Autoridades e narcotraficantes ainda não sabem avaliar o impacto da prisão, mas uma das expectativas é de que haja uma “trégua” na disputa territorial, já que o fornecimento deve ficar “cortado” até a reorganização criminosa. Ponta Porã, a 333 quilômetros da Campo Grande, tem enfrentado verdadeiro banho de sangue desde a morte de Jorge Raffaat, em junho de 2016.
Grupos paraguaios, além de membros de facções brasileiras, disputam pelo controle da região.
Mato Grosso do Sul é apontado como principal corredor do narcotráfico que abastece regiões de alto consumo no Brasil, além da dificuldade para monitorar a extensa faixa de fronteira seca, são os principais elementos que tornam MS atraente para os narcotraficantes.
OPERAÇÃO NORTE
A região norte do Paraguai, justamente onde o país se encontra com Mato Grosso do Sul, tem continuamente sido ligada ao controle pelo narcotráfico, sendo comparada à fronteira mexicana com os EUA, que sofreu colapso na segurança pública e teve o controle totalmente assumido pelos criminosos.
A operação foi deflagrada por volta das 4 horas da madrugada de segunda-feira(14), quando Levi foi preso em seu apartamento de luxo, no bairro Vila Morra. Depois de dois anos de investigações , além de Levi a policia também prendeu uma mulher paraguaia segundo o site ABC Color. No apartamento de Levi , a policia encontrou armas, dinheiro e munições, além de documentos que foram aprendidos.
O brasileiro é considerado o principal fornecedor de drogas e armas para as duas facções. Ele traçava a rota da maconha e cocaína para o PCC e CV. Para manter as aparências e não levantar suspeitas, Levi mantinha uma vida como executivo e na maior normalidade possível.(Fonte: midiamax)