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    Nº de assassinatos cresce 17,8% em SP e completa terceiro mês seguido de alta

    Segurança Pública

    804 Jornal A Bigorna 27/10/2020 00:00:00

    Com alta de 17,8% em agosto, o número de homicídios dolosos , quando há intenção de matar, subiu pelo terceiro mês consecutivo em São Paulo, segundo estatísticas divulgadas nesta segunda-feira, 26, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Já os registros de latrocínios (o roubo seguido de morte), estupros e crimes patrimoniais melhoraram.

    Em nove meses, esta é a sexta vez que o indicador de homicídios piora no Estado, o que contraria o histórico das últimas décadas, quando São Paulo vinha acumulando quedas nas taxas de assassinatos. De acordo com a SSP, foram notificadas 238 ocorrências no mês passado, ante 202 no mesmo período de 2019.

    Já considerando o acumulado do ano, o aumento de assassinatos é de 7,1% até o momento. Desde janeiro, 2.128 casos foram registrados pela polícia paulista. No ano passado, haviam sido 1.986. Segundo a pasta, a taxa atual é de 6,82 homicídios por 100 mil habitantes, ainda a menor do País.

    Segundo o secretário executivo da Polícia Militar, o coronel Alvaro Batista Camilo, a maioria dos assassinatos cometidos em São Paulo está ligada ao tráfico de drogas, ao uso de álcool e também às armas de fogo.  “O homicídio acontece longe da ação policial, normalmente em áreas mais periféricas ou em comunidades, que a polícia não consegue atuar diretamente. Então ela trabalha indiretamente com a droga, o álcool e as armas, fazendo as operações”, diz Camilo. “As características do homicídio levam a polícia a combater indiretamente."

    Para o secretário executivo, a alta deste ano pode estar relacionada a conflitos intensificados pelo isolamento social por causa do coronavírus. “Tivemos aumento de casos interpessoais, ou seja, praticado por pessoas que se conheciam. Esse é um indicador que liga claramente à pandemia”, afirma. “Também houve muitas execuções, que são decorrentes do tráfico de drogas.”

    Em meio à escalada das mortes, comandantes receberam orientação para estudar caso a caso, entender a dinâmica atual dos assassinatos e desenvolver estratégias específicas em cada região, segundo Camilo. “Temos variações desde o início do ano, ora com aumentos no interior, ora na capital”, diz.

    Na cidade de São Paulo, após alta em agosto, o índice ficou estável com 52 assassinatos registrados em setembro, o mesmo número de 2019. Já no recorte da soma dos dez primeiros meses, o indicador subiu 4,2%, totalizando 493 boletins de ocorrências. No ano passado, haviam sido 473 no mesmo período.(Do Estado)

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