Bons jornalistas são como aquele chato da plateia que sempre conta a mágica por trás do truque. Tem gente que prefere o truque, mas no caso dos políticos, a mágica sempre é feita pra burlar os cofres públicos ou cometer ilegalidades.
Nas coberturas políticas, o repórter esperto sempre vai saber separar o que é conversa mole do que é fato em si. Não se deixa manipular ou se seduzir pelas benesses dos poderosos.
E o leitor, nessa hora? Oras, amigos, o leitor não é bobo. Podem anotar: o leitor não é nada bobo...
Quando Barreto do Mercado começou a agir como se fosse vereador eleito na chapa de Jô Silvestre, um cheiro estranho começou a pairar no ar. Tanto empenho e dedicação do nada?
Aos fatos: o presidente da Câmara cria factoides pra romper com o grupo que o elegeu, simulando até uma crise que não existe. Agiu inclusive como algoz de Adalgisa Ward – absurdo dos absurdos.
O final do primeiro ano de mandato de Barreto não foi dos melhores. Defendeu com unhas e dentes seu companheiro de camarote Jô Silvestre e tentou passar duas medidas pró-governo. Que senhor dedicado!
Na Presidência da Câmara agora é assim: ao prefeito, tudo. Aos (ex) companheiros de oposição, críticas e o peso da lei (que o diga Adalsgisa).
Apesar do forte lobby petista em favor da administração Silvestre (fato!), no final os presentes de Natal do filho do ex-prefeito esbarraram na postura firme da oposição.
Depois de ver de camarote a fritura explícita de Barreto, Jô Silvestre descartou a Câmara e sacou a caneta pra levar adiante seus planos. Amigos, alguém duvidava disso?
Claro que antes fez o seu tradicional proselitismo, anunciando como fato algo que ainda não se concretizou. Indústrias! Empresas! Empregos! Mas...não tem como fazer através da Lei das Licitações?
Até o Advogado Paloma (vejam no Youtube, é ótimo!) sabe que Permissão de Uso não serve pra ceder área para indústrias. Será que os consultores jurídicos das empresas e da Prefeitura sabem menos de lei do que o personagem do Igor Guimarães?
Lógico que a cidade precisa de indústrias, mas respeitar a lei é primordial. Querem saber? Vai sobrar pro Ministério Público...anotem aí.
Bem, foi honroso estar com todos nessa coluninha, este velho jornalista é grato ao nosso querido Guazzelli, tão solícito com esse neófito em terras avareenses. Finalmente, Bonne Année mês ami!!!
F. Marat é escritor e ideólogo, amante do silêncio e da parcimônia.