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    1490 Jornal A Bigorna 02/04/2022 20:00:00

    Palanque do Zé

    Recentemente li um artigo do Dr. John Bockmann, que é médico assistente militar e coautor do estudo “Reconsiderando a Dor Fetal” para um caso no qual estou trabalhando.

    Sua vasta experiência nos leva a uma mudança de paradigma no que diz respeito ao que a ciência diria sobre o assunto, pois existem muitos especialistas que afirmam que fetos não sentem dor.

    Conforme explica Dr. John, não existe uma medida científica e objetiva para a dor, fato que deixa essa sensação passível de ser interpretada livremente.

    E é justamente por isso que ele optou por usar os mesmos tipos de “regras” que temos para saber se um adulto ou criança está com dor, como por exemplo caretas e gritos, só que em fetos.

    Dr. John, há cerca de dois anos, foi um dos autores de um artigo publicado no “Journal of Medical Ethics” que conclui que algum tipo de dor fetal é possível com início às 12 semanas.

    Seu artigo segue explanando que ao longo dos anos 1980, a maior parte dos médicos acreditavam que os recém-nascidos não podiam sentir dor, e faziam cirurgias em prematuros, usando pancurônio, que é uma droga paralisante, mas não anestésica.

    Foi só no ano de 1994, que os pesquisadores descobriram que os fetos respondiam a ferimentos do mesmo jeito que crianças mais velhas e adultos, e que as anestesias eram capazes de acabar com essas respostas neles, tanto quanto em adultos.

    E desde então, a menos que se pretenda fazer um aborto, a anestesia em fetos é recomendada para todas as cirurgias a partir de 14 semanas de gestação.

    Logo, é de se presumir, conforme explica o artigo, que um feto sente “dor severa e excruciante” durante os abortos praticados nesse período.

    Dito tudo isso, só posso concluir que, muito embora a ciência ainda esteja em desenvolvimento nesse aspecto, tudo indica que o aborto provocado é ainda mais abjeto do que se imaginava, pois não envolve somente aspectos religiosos e criminais, mas também morais no sentido de que ao praticá-lo, você causa dor a um ser inocente e que não é responsável por sequer ter sido concebido.

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    Se quiser saber mais sobre o assunto, disponibilizo aqui, o link do artigo publicado (em inglês) no “Journal of Medical Ethics” e que citei no texto: https://jme.bmj.com/content/46/1/3

     

     

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