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    1765 Jornal A Bigorna 29/05/2022 09:00:00

    Palanque do Zé

    Que a grande imprensa odeia o policial, já sabemos. Afinal, não é de hoje que pregam a “desmilitarização das polícias” e o seu desarmamento, sempre citando que a “polícia inglesa só fornece armas de fogo aos seus grupos especiais”, sem mencionar os problemas advindos dessa prática, é claro!

    Não te contam, por exemplo, que durante o atentado terrorista ao Metrô de Londres, no ano 2005, oportunidade em que morreram 56 pessoas, os “policiais desarmados” nada puderam fazer até a chegada dos “policiais de verdade” - estes armados até os dentes -, mas isso é papo pra outra hora.

    Hoje quero falar sobre a operação realizada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro em parceria com a Polícia Rodoviária Federal  e a Polícia Federal na Vila Cruzeiro.

    A operação, que começou por volta das 4 horas da manhã da última terça-feira, 24, resultou na morte de 23 criminosos e na apreensão de sete fuzis, quatro pistolas e 16 veículos.

    Tudo saiu exatamente como o planejado, mas diversas pessoas e muitos órgãos da grande imprensa acreditam que os policiais cometeram uma chacina no local, ante o elevado número de mortes no lado do crime.

    Primeiro que o significado da palavra “chacina”, no caso em questão, está deturpado, já que uma “chacina” só ocorre quando muitas pessoas inocentes e sem condições de reagir são mortas. Não foi o caso, como se sabe. O que houve ali foi um tiroteio no qual os agentes da Lei conseguiram atirar melhor do que os criminosos.

    Mas, como defensor da legalidade e da moralidade, acredito que o Ministério Público deva investigar o ocorrido e, no caso de serem constatados abusos, punir rigorosamente os seus autores e mandantes, uma vez que vivemos em um país onde a democracia impera e, nesse sistema, as leis devem ser respeitadas.

    O que não posso concordar, é que setores da sociedade glorifiquem o errado, em detrimento do certo. A jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de São Paulo, por exemplo, frisou que não havia policiais dentre os mortos na já citada operação.

    Por meio de suas redes sociais, a colunista disparou: “– MASSACRE NO RIO: PM fala de “confronto em larga escala”. 22 mortos e 7 feridos pela polícia. Nenhum policial morto”.

    Como assim uma das maiores jornalistas do Brasil, acha que nenhum policial ser morto é ruim? Pois é! Sei que em tempos de Fake News, é difícil de acreditar, por isso vou te ajudar. Eis o link da barbaridade: https://twitter.com/monicabergamo/status/1529245004383797248?t=AqQ33zcNjRjgb0mpEp3YKQ&s=19

    Lembre-se de que sob uma farda, há um pai, um filho, um marido, um amigo de alguém. Sim, logo abaixo do simples tecido de uma farda, há um coração que bate!

    Mas Mônica não foi a única a assim proceder, só a mais famosa. E isso acontece porque no Brasil desenvolvemos o péssimo hábito de cultuar a bandidagem. Frases como “ele morreu porque reagiu”, “não deveria ter matado o assaltante, era só entregar o celular” e “se foi estuprada, é porque provocou”, são maléficas porque justificam a atitude criminosa e pervertem o correto.

    Caso não mudemos de visão, logo nossos descendentes irão questionar se não é mais vantajoso ser submisso ao mais forte, roubar do que trabalhar para comprar, estuprar do que conquistar, e assim por diante.

    Palavras tem poder. Cuidado com o que você diz, pois pode se tornar real.

     

     

     

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