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    1144 Jornal A Bigorna 19/06/2022 19:20:00

    Palanque do Zé

    Bombas nucleares são uma realidade. E mais do que isso, são uma necessidade para qualquer país que pretenda ser levado a sério no grande esquema das coisas.

    Meu nome é Eneas, 56! (Link no item 1 do rodapé!)

    O Brasil, oficialmente, não tem uma bomba nuclear. Mas eu realmente não quero acreditar nisso... E tenho alguns motivos para isso, os quais expliquei mais longamente num texto cujo link se encontra no item 2 do rodapé desta Coluna.

    Mas o foco de hoje não é esse.

    A ideia aqui é questionar sobre se os detentores deste importante meio de dissuasão são cuidadosos o suficiente com tais artefatos.

    Spoiler: Não!

     

    Ao longo do tempo, a humanidade escapou de 22 oportunidades conhecidas de entrar em guerras causadas por engano desde a descoberta das armas nucleares. Já fomos levados à iminência do desastre nuclear por eventos inofensivos como um bando de cisnes voando, o nascer da Lua, pequenos problemas de computador e anormalidades do clima espacial.

    Vamos a alguns dos mais intrigantes casos:

    O Urso de Winsconsin:

    A noite de 25 de outubro de 1962 foi agitada nos Estados Unidos, mais precisamente em Wisconsin. É que um caminhão trafegava por uma pista de decolagem, e seu motorista tinha pouco tempo para impedir que os aviões levantassem voo para responder ao “ataque de uma figura sombria”, que tentava escalar o muro da base aérea.

    O motorista atirou no invasor e fez soar o alarme, temendo que fosse parte de um ataque soviético de grandes proporções.

    Como os americanos acreditavam que estavam sendo atacados pelos russos malvadões, decidiram imediatamente soar alarmes contra invasores em todas as bases aéreas da região.

    A “emergência” se elevou muito rapidamente, e na base aérea de Volk, no Wisconsin, alguém se apavorou e acabou acionando o botão errado. Foi assim que, ao invés de soar o alerta de segurança padrão, os pilotos ouviram uma sirene de emergência para que eles corressem em direção aos seus aviões, que estariam munidos com armas nucleares.

    É preciso lembrar que na época, a crise dos mísseis cubanos estava no auge e os nervos de todos – inclusive e principalmente o dos militares - estavam à flor da pele.

    Apenas 11 dias antes deste quase fatídico dia, um avião espião havia fotografado lançadores, mísseis e caminhões secretos em Cuba, o que indicava que os soviéticos estavam se mobilizando para atingir alvos nos Estados Unidos.

    Por fim, posteriormente foi constatado que não havia qualquer invasor humano a nenhuma das bases aéreas americanas, e acredita-se que a figura que tentava “escalar o muro” de Volk era, na verdade, um Urso.

    Mas, durante os momentos de pânico, os integrantes do esquadrão ainda não sabiam disso, e estavam convencidos de que havia chegado a hora da Terceira Guerra Mundial.

    Entretanto, antes de uma desgraça realmente acontecer, o Comandante da Base percebeu o que estava havendo e os pilotos foram alcançados enquanto ligavam os motores na pista de decolagem, pelo caminhão do início desta história.

    Galinhas vaporizadas:

    No ano de 1958, um avião militar soltou, por acidente, uma bomba nuclear no quintal de uma simples residência. Por milagre, nenhuma pessoa morreu, mas as galinhas da família, que eram criadas soltas, não tiveram a mesma sorte e foram literalmente vaporizadas.

    Chefe, perdemos 50 mísseis nucleares:

    Em 2010, a Força Aérea dos Estados Unidos perdeu a comunicação com 50 de seus mísseis nucleares. Isso quer dizer que eles não conseguiriam detectar e suspender eventuais lançamentos automáticos...

    Acredito que esse negócio de deixar tarefas importantes na mão de estagiários ainda vai dar problema!

     

    O chefe dos russos malvadões!:

    No dia 25 de janeiro de 1995, Boris Yeltsin, o então presidente da Rússia, teve a “honra” de ser o primeiro líder mundial da história a ativar uma maleta nuclear, dispositivo que contém as instruções e a tecnologia necessária para detonar bombas nucleares, e que vem acondicionado em uma maleta estilo 007, na maioria das vezes.

    É que os operadores de radar russos observaram o lançamento de um foguete na costa da Noruega, mas ainda não sabiam para onde ele iria ou se realmente se tratava de um foguete hostil. Mas, com a “Maleta do Fim do Mundo” nas mãos, Yeltsin consultou freneticamente seus principais conselheiros para saber se deveria lançar um contra-ataque.

    Poucos minutos antes de decidirem-se, eles perceberam que o foguete se dirigia para o mar e não era uma ameaça, o que surpreendeu as autoridades norueguesas, já que eles haviam avisado o público cerca de um mês antes, que lançariam uma sonda científica para pesquisar a aurora boreal.

    O erro de 1 dólar:

    Em 1980 o presidente americano ainda era Jimmy Carter, e certa noite ele quase foi acordado por uma ligação telefônica às 3h da madrugada, quando o escritório de observação do comando de defesa aérea informou que os computadores do sistema de vigilância haviam detectado 200 mísseis vindos da agora extinta União Soviética, diretamente para os Estados Unidos.

    Os assessores demoraram alguns minutos para acordar o Presidente e, nesse meio tempo, os militares perceberam que se tratava de um alarme falso.

    Posteriormente os especialistas descobriram que o tal erro computacional fora causado por um defeito num chip que custava, à época dos fatos, cerca de 1 dólar.

    Treino é treino, jogo é jogo:

    Um ano antes da história anterior, em 1979, Jimmy Carter já se viu com problemas ao lidar com o seu sistema de lançamento de bombas nucleares, quando um funcionário carregou o computador com uma fita de treinamento e transmitiu acidentalmente os detalhes de um lançamento de míssil muito realista, mas totalmente fictício, para os principais centros de alerta, o que causou muito alvoroço, mas foi contido a tempo.

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    LINK 1 - Dr. Enéas 56 ! Explica a VERDADE da bomba atômica Eleição 1994 short - Bing video

    LINK 2 - Jornal A Bigorna - Palanque do Zé #72 - O Brasil tem a terceira bomba mais poderosa do Mundo. E ela não é atômica (jornalabigornaavare.com.br)

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