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    Palanque do Zé #99 - Eu vejo gente hipócrita!

    954 Jornal A Bigorna 25/06/2020 22:50:00


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    "O Sexto Sentido", filme de M. Night Shyamalan, com Bruce Willis e Haley Joel Osment, é o responsável por um dos bordões mais clássicos do cinema: "Eu vejo gente morta! Com que frequência? O tempo todo".

    Mas percebi que precisamos atualizar o icônico diálogo entre o Dr. Malcolm Crowe e o pequeno Cole Sear para: "Eu vejo gente hipócrita! Com que frequência? O tempo todo".

    Explico.

    Recentemente Lewis Hamilton, hexacampeão mundial de F1, declarou ser favorável a destruição de estátuas de figuras históricas ligadas à escravatura. Seria um posicionamento natural para o primeiro e único negro da categoria máxima do automobilismo, não é mesmo?

    O que Lewis não contou é que ele recebe anualmente, como piloto da Mercedes, algo como 40 milhões de libras esterlinas da Mercedes, empresa que nos anos do nazismo só existiu graças ao trabalho escravo de judeus e eslavos.

    Na época o grupo Daimler-Benz, dono da Mercedes, chegou a produzir automóveis e motores de avião para o exército alemão, se valendo de escravos para tanto.

    Alegando aumento da demanda e que muitos dos seus funcionários tinham sido recrutados para lutar na guerra, inicialmente a Mercedes contratou mulheres para trabalhar, mas logo apelou para o uso de prisioneiros de guerra e vítimas de campos de concentração.

    E a coisa se tornou tão sistemática, que em 1944, 63.610 pessoas trabalhavam para a Mercedes, sendo que quase metade desse contingente era formado por trabalhadores forçados.

    Ah, mas talvez o Lewis Hamilton não saiba disso! Muito pelo contrário. Esse tipo de história nunca é uma surpresa, já que no mesmo ano de 1944, um terço de toda a força de trabalho da Alemanha era composta por escravos.

    Isso quer dizer que quase todas as empresas que produziam na época foram direta ou indiretamente envolvidas com a guerra e seus crimes contra a humanidade.

    Mas isso quer dizer que todos os empresários alemães eram nazistas? Não. Mas eles escolheram trabalhar para o regime para não perder seus negócios ou colocar a si mesmos e suas famílias em perigo, afinal, viviam em uma ditadura e todos os que contrariavam o Reich eram eliminados.

    Ser politicamente correto é fácil e bom, mas agir em coerência com o nosso discurso é bem mais difícil. Lewis Hamilton está aí para não me deixar mentir.

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