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    Posfácio da vida _ Chatô

    2167 Jornal A Bigorna 16/07/2019 19:50:00


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    Por Assis Chateaubriand -O pensamento só dá ao mundo uma aparência de ordem a alguém que seja fraco o bastante para se deixar convencer pelo que ele mostra”, a frase cunhada pelo escritor inglês Colin Wilson, nos dá uma base para uma reflexão profunda de nossa sociedade.

    Nossa vivência se deteriora a cada geração. É indiscutível que a passos geracionais a sociedade vai se moldando para algo que pode se tornar aterrador. Não há mais quase altruísmos, abnegação, bondade e pouca caridade. Pelo contrário, o pouco que noto é que àqueles que seguirão adiante viverão um mundo mais cruel e selvagem do que estamos vivendo.

    Isso não quer dizer que estamos sobrevivendo da forma mais correta. O homem é e continua sendo predador do próprio homem. Quem tem mais, se ‘ferra menos’; enquanto os que pouco tem, sobrevivem à margem social, muitas vezes, apenas passam por aqui, num posfácio triste e trágico e sem explicação.

    O mundo muda, hoje, a passos largos, e os que estão aqui pouco notam a rapidez de nossas existências frágeis, quando- poderíamos- já que possuímos um alto nível de desenvolvimento jamais alcançado termos uma vida, ao menos, mais digna e menos sofrida.

    Para podermos ter uma ideia do quão sofrido é o mundo em que habitamos, um Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que uma pessoa a cada 10, na população de todo o planeta, passou fome no ano passado. O número totaliza 821,6 milhões de pessoas. Se considerada pessoas em condição “moderada” de insegurança alimentar, o total chega a 2 bilhões ou 26,4% da população mundial. Estamos assistindo nossos próprios semelhantes morrerem de fome, enquanto nos damos ao luxo de simplesmente fazer de conta que isso não existe.

    Calculamos pouco, e, deste modo, a vida flui de forma inexorável e sem limites para a estupidez humana, que toma conta, dia-a-dia de nosso cotidiano. Não basta sermos algo presente; temos que ser atuantes e mais próximos uns dos outros, sem a maldita medida do dinheiro e da posse - que nada representam. Nossa sociedade dividida em castas sociais é tão prejudicial a todos, que, ao analisar, podemos notar que, tanto àqueles que possuem muito sofrem consequências absurdas das mazelas da sociedade, porque ele também está incluído nela.

    Não há um modo de fugir da sociedade. Ela é uma bolha, onde estamos todos nós – juntos e justapostos – pobres ou ricos – independentemente sofrem a agruras de uma sociedade corrompida pela ganância e pelo poder, que, em si, é simplesmente abstrato.

    Nossa ‘bolha social’ – esta mesma que estamos engendrados é uma forma de podermos tentar mudar nossos paradigmas, alterar àquilo que está nos destruindo, mas para isso, sem uma união coesa social, seremos levados pela ‘bolha social’ para um abismo, que, vislumbro grande sofrimento, qualquer que seja a pessoa ou indivíduo.

    Não podemos mais nos acomodar em ‘caixinhas de vidas’ desconexas da sociedade, pois somos um todo, e não fragmentos desconexos.

    Esta semana um menino afegão de apenas 5 anos explodiu uma bomba e matou centenas de pessoas, numa insanidade humana; não do pobre menino, mas daqueles que fizeram-no sacrificar sua vida por sentidos que não é mais possível entender. A violência cresce a cada dia, e a tendência é não parar de crescer.

    Refletindo o que escreveu Colin Wilson, vivemos como se nada pudesse nos atacar ou prejudicar, mas vivemos imersos em nossos próprios mundos, inadvertidamente, um erro crasso, pois um indivíduo como ser-social será sempre ligado à sociedade em que vive e sofrerá mais ou menos as consequências dos atos de outros. Não há muros altos para se defender, ou se trancar em casa para ficar longe da barbárie que nos aflige.

    É um tempo que exige grande reflexão. Mas tudo tem seu prazo para que seja resolvido, caso contrário, corremos o sério risco de voltarmos a ser ainda mais perversos e maldosos, numa sociedade em que condena as drogas em redes sociais, mas a consome vorazmente nas noites lúgubres.

    O Homo Sapiens parece estar regredindo ao Homem Neandertal.

    Oremos.

    Chatô é escritor

     

     

     

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