Na semana passada os servidores públicos afastados tiveram seus benefícios cortados pelo Instituto Avareprev. O corte afetou 90 famílias e foi causado pela Reforma da Previdência, que impede os Regimes Próprios de Previdência de efetuarem pagamento de auxílio-reclusão, licença maternidade e salário-família. Dessa forma a despesa passa a ser de responsabilidade da Prefeitura.
O prefeito Jô Silvestre encaminhou às pressas na última sexta-feira,06, um projeto de suplementação orçamentária para que os pagamentos fossem retomados normalmente. Logo em seguida, o chefe do Executivo acusou a bancada de oposição pela ‘demora’ na análise da matéria, fato que estaria deixando os servidores sem receber o benefício por mais tempo.
Em nota, a Secretaria de Administração alegou que “os salários dos servidores públicos afastados por incapacidade temporária poderão ser prejudicados por vereadores da oposição que fazem parte das comissões e se opuseram na tramitação do projeto de lei encaminhado para votação, apesar da insistência e apoio do presidente da Câmara”.
O chefe da Pasta, Ronaldo Guardiano disse ter conversado com o presidente da Casa, Barreto do Mercado com intuito de agilizar a aprovação do PL. “Alguns vereadores que participam das comissões não entenderam o motivo do encaminhamento do projeto em caráter de urgência e por isso optaram por não votar na Sessão do dia 05 de dezembro”.
Outro lado - Em contato com a bancada oposicionista, a reportagem do Jornal A Bigorna foi informada de que o projeto chegou apenas um dia antes da apreciação em Plenário, sendo assim, as comissões ficaram impossibilitadas de analisar o texto como deveriam.
Segundo os parlamentares, “o assunto da Previdência ainda é muito novo e precisa ser visto com calma para evitar injustiças”. Para os vereadores que compõem a oposição, a posição da Prefeitura quando à polêmica foi uma estratégia para ‘denegrir’ um trabalho correto, conforme disposto na própria legislação.