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    Rebeliões atingem sistema penitenciário em SP

    Rebeliões

    1814 Jornal A Bigorna 17/03/2020 10:00:00

    Quatro rebeliões atingiram o sistema carcerário paulista e uma delas continua no presídio de Tremembé, onde houve fuga. As negociações para encerrar o motim foram retomadas na manhã desta terça-feira, 17. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não confirma quantos presos fugiram da unidade, mas diz que 64 já foram recapturados. A SAP não confirma quantas pessoas foram feitas reféns, mas cinco foram liberadas na madrugada, entre elas um cadeirante.

    Fumaça sobre o CPP de Tremembé, no interior paulista, onde presos incendiaram objetos na noite desta segunda, 16 Foto: Reprodução/SIFUSPESP

    A juíza Sueli Zeraick, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, acompanha as negociações, que acontecem via rádio com os presos. Nas proximidades dos bloqueios da rodovia SP 62, onde fica o presídio, os parentes dos detentos aguardam informações.

    Na noite desta segunda-feira, quatro rebeliões aconteceram em presídios de São Paulo, em Mongaguá, Tremembé, Mirandópolis e Porto Feliz. O motivo da onda de revoltas foi a decisão da Justiça paulista que suspendeu as saídas temporárias de presos na Páscoa para conter a disseminação do novo coronavírus.

    Em três dos quatro presídios onde aconteceram as rebeliões há presença de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

    O Tribunal de Justiça divulgou nesta segunda que a Corregedoria-geral da Justiça, a pedido da SAP, suspendeu a saída temporária que estava prevista para os próximos dias. A Corte disse em nota que a decisão levou em consideração "a grave crise da saúde pública enfrentada pelos órgãos de gestão e população em geral quanto à disseminação do novo coronavírus".

    De acordo com a decisão divulgada, a saída dos detentos seria remarcada pelos juízes corregedores dos presídios, "conforme os novos cenários e em melhor oportunidade".  "Nesse momento de intensas medidas adotadas pelos Poderes constituídos, que restringem aglomerações de pessoas para se evitar a disseminação da doença, o Poder Judiciário considerou a necessidade de alteração da data porque, se agora fosse realizada, depois de cumprida a saída temporária, ao retornarem ao sistema prisional os detentos seriam potenciais transmissores do coronavírus aos demais encarcerados."

    A SAP disse, em nota, que "a medida foi necessária pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados".(DoEstado)

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