• Alckmin diz a grupo de esquerda que “governo cruel” de Bolsonaro exigiu união com Lula

    1299 Jornal A Bigorna 12/04/2022 20:10:00

    O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin afirmou em um jantar em sua homenagem, na segunda (11), que já trocou "caneladas" em disputas eleitorais com o ex-presidente Lula. O governo "cruel" de Jair Bolsonaro, e a ameaça que ele representa à democracia, porém, exigiram de ambos a superação de divergências e a união em torno da defesa das liberdades e das instituições.

    "Os tempos mudam, as pessoas mudam e a história mudou. Temos hoje um governo [de Jair Bolsonaro] cruel com o povo, que não pode continuar", disse ele a uma plateia de advogados e juristas que sempre se posicionou majoritariamente no campo da esquerda.

    "Eu e Lula já disputamos [eleições]. Teve canelada. Mas o fato é que a democracia hoje exige que estejamos juntos, para somar, somar e somar. Sei da minha pequenez diante da grandeza do país, mas me incorporo a esse esforço cívico, a essa grande frente em benefício da democracia", afirmou ele, sob aplausos.

    "Há governos que são autocracias. 'É o que eu [governante] quero', acima da lei, à margem da lei. E há as democracias, que respeitam as instituições. As pessoas passam, mas as instituições ficam", seguiu.

    Em seguida, elogiou os advogados: "Tão importante quanto as bandeiras erguidas são as mãos que as empunham. Fico feliz de estar com vocês, junto às suas mãos benfazejas".

    Foi a primeira vez que Alckmin se manifestou mais longamente sobre o processo que o levou a firmar uma aliança com Lula. O encontro foi na casa do advogado Pedro Serrano, e organizado também pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, do grupo Prerrogativas, e por Fernando Guimarães, do Direitos Já.(Da Folha de SP)

    OUTRAS NOTÍCIAS

    veja também