• Artigo: Estava escrito

    3355 Jornal A Bigorna 03/03/2019 21:50:00

    Por José Carlos Santos Peres - Quando o lixo doméstico começou a acumular-se pelas calçadas da cidade alertamos, neste espaço, a empresa terceirizada. Numa edição seguinte nos obrigamos a uma errata, já que o serviço ainda era da responsabilidade da Prefeitura.

    Mas não é que a minha embaçada bola de cristal adivinhara o caos... Naquele artigo dizíamos ser inconcebível uma empresa, com expertise adquirida em grandes centros urbanos, como Belo Horizonte, demonstrar tamanha incompetência para gerir o negócio numa cidade do porte da nossa.

    Tudo o que escrevemos quando a empresa ainda não tinha assumido o encargo está acontecendo agora: o lixo sobra pelas calçadas. Em vários bairros. Na Vila Jardim, por exemplo, os cães fazem a festa... Onde não? No centro da cidade, talvez.

    Poderia ser compreensível o argumento de a equipe contar com novos funcionários e estes, ainda, não entraram no ritmo, desconhecem trajetos etc. E que tudo normalizará nos próximos dias. Não é aceitável porque uma empresa com aquela carta de apresentação deveria ter se preparado com antecedência: os operadores deveriam conhecer as pedras, os cães e os desvios dos caminhos; caminhões e funcionários suficientes – mais que suficientes – para atenderem a demanda inicial.

    Depois, com o passar dos dias e a prática adquirida à empresa faria os ajustes no número de funcionários e caminhões disponibilizados. Antes da prática adquirida, porém, tudo deveria ter sido feito para evitar o que está acontecendo.

    Houve, sim, falta de melhor planejamento técnico. A terceirizada acordou nas ruas sem saber a direção a tomar. Daí esse caos.

    Os vereadores estão se manifestando, a população está contrariada e aí perguntar carece: o prefeito, por acaso, já se sentiu estimulado a chamar ao seu gabinete o responsável pela empresa e cobrar dele responsabilidade?

    Existe, por acaso, no contrato assinado entre a Prefeitura e a empresa alguma cláusula que a obriga a arcar com algum tipo de consequência? Tipo assim: multa por deixar o lixo apodrecer pelas esquinas? Que o serviço vai melhorar é certo, até porque não tem como piorar. Mas até lá, e sabemos lá até quando, tudo deve ficar como está? Há uma questão de saúde pública em pauta, ainda mais com “essa coisa” de dengue, enxurradas espalhando urina de rato e cães soltos vasculhando os recipientes.

    A terceirizada está nos devendo um trabalho melhor, em relação ao que estava sendo realizado pela Prefeitura; e o prefeito deve dizer isso a ela; cobrar providências urgentes.

    Vale lembrar: contratos são feitos para serem anulados, quando uma das partes não cumpre com as suas obrigações. Não é o caso, por ora. Mas só por enquanto, que se terceirização significar, no caso em questão, mais que uma simples rima, há solução legal para se resolver.(DaVoz do Vale)

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