• 157 Jornal A Bigorna 11/08/2025 14:00:00

     

     

    Os casos de violência sexual aumentaram 73% no primeiro semestre de 2025, quando comparados com o mesmo período do ano passado, em Avaré (SP). Os dados são da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

    Foram 38 ocorrências nos primeiros seis meses de 2025, sendo 27 delas de estupro de vulnerável. Neste mesmo período do ano passado, foram 22 boletins registrados. Os crimes, conforme a SSP, aconteceram tanto em espaços públicos quanto dentro de casa, muitas vezes cometidas por pessoas próximas das vítimas.

    A delegada de Avaré, Janaína Jacolina Moraes, acredita que os números refletem, em parte, uma mudança de comportamento entre as vítimas, que estariam mais encorajadas a procurar ajuda.

    “Acredito que são situações de vítimas que tiveram encorajamento e fizeram esse registro de forma tardia. Tenho casos em que a vítima, hoje já na fase adulta, relata abusos sofridos na adolescência, com 12, 13 anos de idade”, explicou a delegada.

    O aumento também foi registrado em toda a região atendida pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 7), responsável por 79 municípios. Na região, foram 172 casos de estupro registrados em 2025, contra 156 no ano passado. No mesmo período, os estupros de vulnerável passaram de 588 para 633 casos.

    Acolhimento

    Para o acolhimento das vítimas, a região conta com Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) e 17 unidades da Sala Lilás — espaços criados para atendimento humanizado em casos de violência contra mulheres e crianças.

    Em Avaré, campanhas de conscientização e prevenção vêm sendo intensificadas, com foco no fortalecimento de vínculos e no diálogo com crianças e adolescentes. Atualmente, 11 entidades atuam nesse trabalho no município.

    A secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Regiane de Arruda, afirma que as ações visam justamente preparar a rede de atendimento para a chegada de mais denúncias.

    “A partir dessas campanhas, nós entendemos que estamos preparados para uma demanda maior. Porque essa criança entende que sofreu uma violência e sabe onde recorrer. Temos consciência de que esses números aumentam”, explicou.(Do G-1)

     

     

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