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    440 Jornal A Bigorna 05/05/2024 07:00:00

    Palanque do Zé

    Palanque do Zé #299 – Como a Suíça enfrentou Hitler na Segunda Guerra Mundial?

     

    Antes da Primeira Guerra Mundial, o Imperador alemão estava na Suíça a convite do governo local para observar algumas manobras militares.

    Impressionado com o que presenciara, o Imperador indagou a um membro das milícias suíças: “Vocês são 500.000 homens e atiram muito bem. Entretanto, e se a Alemanha optar por atacá-los com um milhão de soldados? O que farão?” E o suíço replicou: “Cada um de nós irá disparar duas vezes e regressar para casa.”

    Quando se aborda a Segunda Guerra Mundial, a maioria tende a pensar exclusivamente nos dois blocos: o Eixo e os Aliados. A narrativa predominante é amplamente conhecida. No entanto, poucos estão cientes do papel desempenhado pela Suíça durante o conflito.

    Essa nação pequena logrou preservar sua histórica liberdade mesmo diante da iminência da vitória de Hitler e da imposição de uma Nova Ordem Mundial. Os cidadãos suíços permaneceram firmemente unidos contra a tirania nazista.

    Em cada residência suíça, havia um fuzil. A caça e o tiro ao alvo eram as práticas esportivas nacionais. Essa sociedade armada, situada nos Alpes, conseguiu manter-se neutra e desencorajar uma possível invasão nazista.

    Quando Hitler ascendeu ao poder em 1933, a propaganda nazista retratou a Suíça como um dos territórios a serem anexados à “Grande Alemanha”. Diferentemente dos outros países neutros europeus, que haviam investido consideravelmente em programas de bem-estar social, os suíços imediatamente começaram a se preparar militarmente para resistir a um possível ataque alemão.

    Hitler afirmou que “todas as pequenas nações que ainda existem na Europa devem ser eliminadas o mais rápido possível”, e que, se necessário, ele seria conhecido como o “Açougueiro da Suíça”.

    No auge de sua mobilização, a Suíça contava com 850.000 homens bem armados, prontos para o combate ou em reserva, representando um quinto da população total. O custo para a Alemanha de uma eventual invasão à Suíça certamente seria extremamente alto.

    Quando o regime fascista ruiu e o sul da Itália começou a ser libertado, a Alemanha prontamente ocupou o norte do país, aumentando significativamente a ameaça à Suíça. A Alemanha buscava utilizar as rotas através dos Alpes suíços para enviar tropas e suprimentos, mas os suíços se recusaram a cooperar.

    Entretanto, a Suíça ofereceu refúgio e proteção a dissidentes e refugiados italianos.

    Uma invasão nazista à Suíça em qualquer momento dos eventos descritos teria enfrentado as seguintes consequências: As forças suíças na fronteira teriam resistido até o fim, mas seriam eliminadas. Contudo, as pontes e estradas estavam minadas e seriam destruídas, assim como os túneis Gotthard e Simplon, nas rotas alpinas em direção à Itália.

    As forças suíças se concentravam em um Reduto nos Alpes. Os tanques e a Luftwaffe não podiam operar efetivamente nessas montanhas íngremes, tornando a invasão terrestre inevitável. Nesse cenário, a infantaria da Wehrmacht enfrentaria um intenso fogo de artilharia suíça, camuflada nas montanhas. Seria um suicídio. As forças suíças poderiam resistir indefinidamente nos Alpes.

    Qualquer ocupação alemã de partes da Suíça custaria um alto preço em vidas. Ao contrário dos outros países já ocupados pela Alemanha (principalmente a França), cada cidadão suíço estava armado. O governo e o exército suíço determinaram que não haveria rendição, e que qualquer notícia de rendição seria considerada propaganda inimiga.

    Os suíços seriam capazes de realizar uma guerra defensiva sem precedentes na história europeia. Embora muitos suíços perdessem a vida, os invasores teriam que enfrentar um franco-atirador suíço escondido atrás de cada árvore e rocha.

    Essa história serve para nos alertar, mais uma vez, que um povo, para ser livre, precisa ser armado, porque todas as Ditaduras são precedidas pelo desarmamento da população civil.

    Isso, sem contar que uma Nação desarmada é sempre vulnerável a invasores estrangeiros.

    No fim, nunca é sobre armas, mas sim sobre liberdade.

     

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