
Colisão entre ônibus com trabalhadores e caminhão na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho matou 42 pessoas; maioria das vítima era de Itaí, cidade de onde o grupo saía diariamente para trabalhar na empresa de confecção em Taguaí. A matéria é da TV Tem.
A Polícia Civil ouviu nesta quinta-feira (3) os donos das empresas onde trabalhavam as vítimas do acidente entre um ônibus e um caminhão que deixou 42 mortos em Taguaí (SP).
O grupo saía diariamente de Itaí, onde morava, para trabalhar na empresa Stattus Jeans Indústria e Comércio, em Taguaí.
Segundo a polícia, esta investigação é paralela à que apura como foi o acidente e verifica sobre a possível responsabilidade das fábricas de Taguaí no transporte dos funcionários.
Camila Rosa Alves, delegada titular da Polícia Civil de Taquarituba (SP), é responsável pela investigação e diz que, além da Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, outras empresas que funcionam no mesmo barracão também tinham funcionários entre as vítimas da tragédia.
Ainda conforme a polícia, os empresários ouvidos negaram a relação jurídica entre as fábricas e a empresa Star Fretamento e Locação Eireli - EPP, a dona do ônibus envolvido no acidente e que não tinha autorização para operar, segundo informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Após o acidente, o caminhão do tipo bitrem (com capacidade maior de carga), que carregava esterco, invadiu uma propriedade rural. O motorista do veículo chegou a ser levado ao pronto-socorro de Fartura, mas morreu na unidade.
A companheira do caminhoneiro informou que ele não tinha habilitação para dirigir caminhão, tinha apenas habilitação provisória para carro e, por isso, levava outro caminhoneiro junto nas viagens.
"Com a colisão, uma parte da carroceria do caminhão se desprendeu, foi para o lado do ônibus. Ela ocasionou um grave dano na lateral do ônibus e infelizmente levando a óbito tantas pessoas. Foram arrancados bancos, vítimas com membros decepados, vítimas machucadas", afirmou Daniel Aparecido Demétrio, capitão da Polícia Militar.
"Algumas vítimas foram projetadas para fora do ônibus, algumas estavam no interior do veículo e outras ficaram presas às ferragens e nos bancos do ônibus também, o que dificultou a retirada. Mas tivemos cautela para que não houvesse maiores danos nos corpos", disse o tenente do Corpo de Bombeiros, Carlos Alexandre Prandini.
Mais empresários devem ser ouvidos pela polícia nos próximos dias.