• Presídio de SP onde estava cúpula do PCC mantém 782 "soldados" da facção

    1385 Jornal A Bigorna 24/02/2019 20:50:00

    Entre 2007 e 2019, a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) foi a principal moradia de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele costumava deixar a prisão nos últimos anos só para prestar depoimentos ou para ir ao regime de isolamento, que fica próximo, em Presidente Bernardes (SP).

    Apesar da transferência da cúpula, muitos outros integrantes da facção continuam em São Paulo. Considerado presídio de segurança máxima, a rotina em Presidente Venceslau é mais rígida que as demais penitenciárias do estado. Lá, os presos supostamente são vigiados 24 horas por dia, através de agentes penitenciários, e existe um trabalho policial no local para apreensão de recados normalmente enviados pelos presos, através de visitas, para integrantes da facção em liberdade.

    De acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), a penitenciária 2 de Presidente Venceslau abriga, após as transferências, 782 presos. Autoridades entrevistadas pela reportagem apontam que todos colaboraram, pelo menos de alguma maneira, com o PCC, mas a maioria presente ali é "soldado", ou seja, integrante de baixo escalão da facção criminosa paulista.

    Para o procurador de Justiça Márcio Sérgio Christino, que investigou a facção no seu início, "o simples isolamento dos líderes não extingue a organização. A droga continua vindo e abastecendo a distribuição. Haverá quem gerencie esta estrutura. Creio que, apesar disto, não haverá uma substituição imediata e, se ocorrer, será uma mudança muito gradual".

    Dados obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) apontam que o estado gasta R$ 2,2 milhões por mês no presídio de Presidente Venceslau.(DaFolhaSP)

     

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