• Unidades Prisionais da região noroeste flagram muitas drogas e celulares ocultados com visitantes

    1673 Jornal A Bigorna 18/12/2018 13:40:00

    A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informa que, no último final de semana, agentes de segurança interceptaram visitantes com drogas, predominantemente maconha, além de um celular, na maioria dos casos escondidos no interior de seus corpos. Mesmo com a ampla divulgação na mídia das crescentes apreensões em todo estado de São Paulo, visitantes seguem tentando burlar as revistas, fator que deve-se a perícia de agentes penitenciários, aliada a tecnologia dos scanners corporais. A polícia militar foi acionada para lavrar boletim de ocorrência e tomar medidas cabíveis em todos os casos, além de abertura de procedimento para apurar o envolvimento dos presos que receberiam os materiais, no âmbito das unidades prisionais.

    Centro de Detenção Provisória "ASP Francisco Carlos Caneschi" de Bauru

    No domingo, 16, às 7h40, uma visitante passava por revista através do equipamento "body scanner", quando imagem atestou presença de corpo estranho na região genital da mulher. Ao ser questionada a visitante confessou que havia introduzido em seu corpo um invólucro contendo aparelho de telefonia celular. Levada a uma sala reservada na presença de agentes femininas, a mesma retirou voluntariamente um objeto em formato cilindro envolvido em fita adesiva, onde estava o telefone celular de marca "GTstar" desmontado e com chip. A mulher foi conduzida  a Central de Polícia Judiciária de Bauru para elaboração de boletim de Ocorrência. Foi instaurado Procedimento Apuratório Disciplinar e o detento foi encaminhado preventivamente para o pavilhão disciplinar, visando apurar o ocorrido.

    Centro de Detenção Provisória de Taiúva

    Também no domingo 16, por volta de 9h30, visitante tentava adentrar com droga na unidade prisional. Agente penitenciário que operava o "body scanner" verificou imagem em desconformidade, aparentando ter objeto cilindro na região genital. Questionada a mulher afirmou não portar nada ilegal. Realizado o escaneamento mais uma vez, o mesmo objeto aparecia no corpo da mulher que, desta vez, confessou ter drogas em suas partes íntimas. Levada a uma sala reservada e escoltada por agentes femininas, ela não conseguiu retirar o objeto da vagina e foi socorrida até uma Unidade de pronto Atendimento de um Hospital da cidade de bebedouro, onde um médico obstetra foi acionado para extrair o objeto. O conteúdo estava envolto em fita adesiva, pesou cerca de 47 gramas de erva esverdeada análoga a maconha. A autoridade policial foi acionada para tomar providências mediante os fatos. O detento que receberia as drogas foi isolado para apuração de sua participação como receptor do entorpecente.

    Penitenciária "Valdic Junio Alves Primo" de Avanhandava

    Domingo 16, também foi de apreensão em Avanhandava. Por volta das 9h, revista no escâner corporal revelou que a visitante trazia algo oculto na região retal. Indagada, ela confessou que trazia maconha e, conduzida a uma sala reservada junto a Agentes de Segurança Penitenciária Femininas, ela retirou espontaneamente de seu ânus um objeto que trazia erva prensada, possivelmente maconha, pesando quase 64 gramas. A Polícia Militar foi acionada, onde autuou em flagrante delito a mulher. Foi aberto Comunicado de Evento e instaurado Procedimento Disciplinar em desfavor do preso que supostamente receberia a droga.

    Penitenciária de Franca

    O domingo de visitação foi pra lá de agitado na Penitenciária de Franca. Nada menos do que seis apreensões de ilícitos foram realizadas pelos Agentes Penitenciários da unidade. Logo no início dos trabalhos para entrada de visitantes na unidade, às 7h, uma mulher foi interceptada após imagem do "body scanner" denunciar volumes anormais na região abdominal. Confrontada, ela assumiu que tentava introduzir entorpecentes na unidade, sendo seu marido o destinatário. Acompanhada por agentes femininas, em uma sala reservada ela retirou do ânus, dois volumes envoltos em fita adesiva parda que, abertos evidenciaram erva análoga a maconha. Pesados os entorpecentes pesaram 106 gramas. Encaminhada ao Plantão de Polícia de Franca, ela foi presa em flagrante delito.

    Um pouco mais tarde, às 9h, outra mulher foi pega com maconha. Desta vez, enquanto passava pela revista, um funcionário notou um volume estranho na mão da mulher. Perguntada, ela entregou o volume ao funcionário, um pacote envolto em fita adesiva parda. Aberto, verificou-se que supostamente era a droga conhecida popularmente como maconha, com peso de 56 gramas. Com a revista dos demais pertences, foram encontrados bilhetes que serão analisados pela sap.

    Logo depois, às 9h45, uma visitante passava pelo procedimento de revista pelo escâner corporal e foi detectado na imagem um volume estranho em seu corpo. Indagada pelo Diretor de Plantão a mulher se disse não portar nada consigo e começou a desferir xingamentos e palavras de baixo calão ao servidor. A polícia militar, que mal havia deixado o local, compareceu para conduzir a mulher até o hospital para exames, quando esta informou portar droga dentro de sua bolsa. A bolsa foi revistada na portaria e onde foi encontrado um invólucro contendo possivelmente maconha. Posterior a esse fato ela confessou que também tinha droga escondida no ânus, conforme flagrou o body scanner e, em sala reservada retirou o entorpecente e entregou a Policia que a prendeu em flagrante.  

    Era 11h quando a quarta visitante foi flagrada com a mesma técnica das outras: drogas escondidas no ânus. O body scanner, inimigo número um dos ilícitos mais uma vez denunciou objeto estranho dentro do corpo da mulher. Perguntada ela não demonstrou resistência e prontamente confirmou que portava substâncias ilícitas. Acompanhada por agentes femininas até uma sala fechada, ela retirou do próprio ânus cerca de 81 gramas do que provavelmente seja maconha. No âmbito da unidade prisional, foi redigido Comunidade de evento e o preso que receberia a droga isolado em pavilhão disciplinar para averiguar sua participação no delito.

    Nem 40 minutos se passaram e mais uma mulher, com a mesma "artimanha" e com o mesmo "produto" foi pega por imagem do escâner corporal. Assumindo de pronto portar drogas em seu corpo, ela retirou de seu ânus, em sala reservada e escoltada por agentes femininas, cerca de 53 gramas de erva análoga a maconha.

    E às 13 horas, agentes penitenciários do plantão do último domingo, dia 16, faziam a sexta apreensão! O enredo se repetia com uma nova personagem: Erva similar a maconha no ânus, descoberta ao passar pelo body scanner. E o final também foi igual aos demais: Plantão Policial acionado, boletim de ocorrência e prisão em flagrante.

    Como já destacado acima, em todos os casos foi acionado o Plantão Policial de Franca e, no âmbito da unidade prisional, foi elaborado comunicado de evento para a apuração dos fatos e os presos que em teoria seriam receptadores de suas companheiras, foram isolados preventivamente.

    Penitenciária de Marília

    No domingo, 16, às 9h, quando da entrada de visitantes na unidade prisional, uma senhora passava pelo procedimento de revista no equipamento de inspeção corporal, Body Scanner, quando a imagem gerada despertou dúvidas sobre algum ilícito em sua calça e sutiã. A mesma foi acompanhada por funcionárias (agentes de segurança penitenciária) até outra sala para verificar do que se tratava. Perguntada, a visitante disse que portava entorpecentes e retirou uma porção de substância esbranquiçada, aparentemente cocaína, de seu sutiã e duas porções de erva esverdeada, aparentemente maconha, da sua calça. Foi solicitada a presença da Policia Militar que conduziu a visitante até a Central de Polícia Judiciária para registrar o boletim de ocorrência e a autoridade policial a autuou em flagrante delito. Foi instaurado procedimento disciplinar em desfavor do sentenciado para apurar sua conduta como destinatário do ilícito apreendido.

    Penitenciária de Ribeirão Preto

    No domingo, 16, às 10h, uma mulher passava por revista pelo "Body Scanner", quando a imagem atestou positivo para presença de objetivo na região genital. A mesma foi acompanhada por agentes femininas até uma sala reservada e, quando indagada, confirmou ter introduzido ilícito em seu próprio corpo. Voluntariamente, retirou de sua vagina um invólucro feito com fita adesiva acondicionando erva com características de maconha.  A unidade tomou as medidas necessárias em casos de apreensões: Condução da visitante à Central de Polícia Judiciária de Ribeirão Preto, Condução do sentenciado ao Pavilhão Disciplinar, Comunicado o Juiz da Vara de Execuções Criminais e instaurada apuração dos fatos.

     

     

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