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    Avaré: ADI questiona plano da Prefeitura de retorno às creches

    Educação

    1731 Jornal A Bigorna 11/01/2021 16:00:00

    Uma Auxiliar de Desenvolvimento Infantil (ADI) da Rede Municipal de Ensino, a qual prefere não se identificar por temer represálias, procurou a redação do Jornal A Bigorna, para questionar a eficácia do plano de retorno que a Prefeitura de Avaré está desenvolvendo para as creches.

    De acordo com a Profissional, as salas não poderão contar com enfeites lúdicos, painéis pedagógicos e nem mesmo figuras em EVA, que são importantes para o desenvolvimento intelectual das crianças, pois "os pequeninos aprendem do concreto para o conceitual. Para que uma criança consiga imaginar uma bola azul, por exemplo, ela precisa primeiro passar pelo processo de aprendizado na prática, pegando ou visualizando uma bola azul. E essa é justamente a importância de se ter tais figuras pedagógicas disponíveis. Esse também é o motivo pelo qual as salas de aula são, geralmente, visualmente estimulantes".

    Como forma de previnir a disseminação do vírus da COVID-19, até mesmo as cortinas serão banidas, informa a ADI. Ocorre que isso torna a permanência dentro das salas, por tempo superior a sete horas diárias, muito difícil em razão do calor.

    Seguindo a mesma linha de raciocínio, os bebedouros foram removidos, o que desestimula a autonomia e independência das crianças.

    Conforme o plano da Prefeitura, cada sala conterá número restrito de alunos, os quais não poderão interagir entre si, e muito menos compartilhar brinquedos, algo comum entre crianças dessa idade.

    A ADI não soube informar como e em quais condições serão escolhidas as crianças que frequentarão a creche em caso de retorno, mas demonstrou preocupação quanto ao fato.

    "Eles disseram que irão nos fornecer luvas, máscaras e álcool gel. Mas antes da Pandemia, sequer papel higiênico havia, sendo que por diversas vezes, nós é quem trazíamos de casa".

    Perguntada sobre se conseguirá fazer com que as crianças mantenham o distanciamento social e pratiquem hábitos destinados a minimizar as chances de contágio, a Servidora foi enfática: "Não. Eu quero muito voltar ao trabalho presencial, mas sei que a única forma segura de fazermos isso é vacinando todos os envolvidos. Já ficamos cerca de nove meses sem creche, e agora que a vacina está em vias de ser disponibilizada, porque não esperar mais um pouco?"

    Conforme apurou a Redação do Jornal A Bigorna, o retorno das atividades das creches em Avaré está previsto para o dia 8 de fevereiro, mesmo período em que o Governo do Estado espera realizar a primeira fase de imunização da população por meio da vacina CoronaVac.(Por Mauro Ramos)

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