
Um motim realizado por alguns presos, na Penitenciária Paulo Luciano de Campos, mais conhecida como P-1 de Avaré, pode ter sido ‘escondido’ da população.
Segundo relato de uma fonte que estava no plantão (semana passada), alguns presos de alta-periculosidade, se rebelaram e não obedeceram às ordens de voltar as suas respectivas celas.
De imediato, um grupo do GIR (Grupo de Intervenção Rápida) foi acionado e controlou a situação.
Ainda segundo a fonte foram disparados tiros de bala de borracha, tendo ficado cerca de 12 presos feridos, bem como, 2 transferências para uma das Penitenciárias de Presidente Bernardo foram realizadas.
A ação foi cautelosa e até mesmo outros agentes, só ficaram sabendo do ocorrido, dias depois do tumulto. Entre os agentes, uma mensagem de Watzzap foi enviada para que os colegas tenham cuidado nos próximos dias.
História- No dia 31 de agosto, o partido do crime comemora seu “aniversário de fundação”. O grupo surgiu em 1993 no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, no Vale do Paraíba, local que acolhia prisioneiros transferidos por serem considerados de alta periculosidade pelas autoridades, e calcula-se que hoje tenha cerca de seis mil integrantes dentro do sistema penitenciário e outros 1,6 mil em liberdade, apenas no estado de São Paulo. O PCC também é identificado pelos números 15.3.3; a letra "P" era a 15ª letra do alfabeto português e a letra "C" é a terceira.
Como age- Primeiro Comando da Capital (PCC) é uma organização criminosa do Brasil. O grupo comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e narcotráfico. A facção atua principalmente em São Paulo, mas também está presente em 22 dos 27 estados brasileiros, além de países próximos, como Bolívia e Paraguai possui cerca de 30 mil membros, só no estado de São Paulo são mais de 8 mil membros. É considerada uma das maiores organizações criminosas do país.
A organização é financiada principalmente pela venda de maconha e cocaína, mas roubos de cargas e assaltos a bancos também são fontes de faturamento. O grupo está presente em 90% dos presídios paulistas e fatura cerca de 120 milhões de reais por ano.
A SAP/SP não retornou o pedido de informações sobre o ocorrido. Em tempo: Às 11:39 houve comunicação com a assessoria de imprensa da SAP, a qual informou que estava realizando o levantamento dos dados.