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    “Política só fora do quartel”, diz novo comandante-geral da PM de SP

    1769 Jornal A Bigorna 03/05/2022 09:10:00

    O novo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Ronaldo Miguel Vieira, 51, nomeado pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), disse que não permitirá manifestações políticas de policiais militares da ativa, usando símbolos oficiais, e usará as diretrizes da corporação para coibi-las.

    Aprovadas no ano passado, essas diretrizes preveem que o PM da ativa pode responder nas esferas cível, penal e penal militar e, ainda, na parte administrativa, se usar as redes para manifestações políticas. Na esfera administrativa, as punições podem ir de advertência até a expulsão, dependendo da gravidade do ocorrido. "Eu posso ter minha opinião [política], mas fora do quartel".

    No ano passado, o coronel Aleksander Lacerda foi retirado do comando da região de Sorocaba após ter publicado nas redes sociais críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao então governador João Doria (PSDB), além de ter convocado os seguidores para o ato bolsonarista do Sete de Setembro, em São Paulo. O policial é alvo de investigação interna e poderá ser punido.

    Em entrevista à Folha, Vieira estava vestido com o uniforme operacional (B1), o mesmo usado pelos patrulheiros que saem às ruas para combater o crime. Segundo ele, medidas serão tomadas para aumentar o efetivo nas ruas e, principalmente, combate os criminosos que se passam por falsos entregadores e, ainda, as gangues de bicicletas que furtam celulares.

    O coronel disse ainda que não recebeu nenhum pedido do governador para fazer mudanças no programa de câmeras corporais, o Olho Vivo. Também chamado de grava-tudo, porque o sistema registra todo o turno de trabalho do policial e virou alvo de críticas de candidatos ao governo paulista, como fez nesta segunda (2) o ex-governador Márcio França (PSB).

    Vieira disse que esse programa será expandido, conforme já havia sido planejado, e não haverá mudanças, principalmente na forma de gravação. "Não haverá retrocessos."(Da Folha de SP)

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