Arquitetura de ausência
Faço uma canção
na paz de um velho pescador:
que nem tanto pelo peixe
mas pelo silêncio da tarde.
Uma canção com fios
que se urdem na arquitetura
de uma ausência:
feito retratos esmaecidos;
feito aquele peixe que nem tanto
naquele rio-solidão...
Feito esperas... do que se foi
Faço esta canção para morrer depois.
*Por José Carlos Santos Peres