
Avaré faz aniversário, e nós comemoramos com alegria e nostalgia. Daqueles que estão e dos que se foram e deixaram as marcas em nossa singela outrora Rio Novo.
A sensação inconfundível de sentir os aromas no ar, já faz de Avaré ser a mais querida, por quem dela aprende a amá-la – afinal terra boa de um povo bondoso.
Minha cidade? Poderia ser Paris, Roma, Londres, mas é Avaré, a pequena cidade que amamos de uma maneira ou outra.
Andar por suas ruas, garimpar atividades culturais, passear no Horto Florestal e terminar o dia entre flores e amores. Há que se procurar cores nos altos e baixos, sentidos para os dias de concreto e suavidade nos meios mais simples de ir e vir.
É preciso ver além, de dentro para fora.
Uma vida simples, mas sem brevidades. O desinteressante que encanta, o se precisar de muito pouco para ser feliz. A cidade que acolhe, mistura, dá voz e que se cala para ouvir os sons das aves que invadem as madrugadas, com seus relógios desregulados, nos arrancando das camas. Bom, que nos acordem antes que ela se despeça, para que possamos, por mais uns minutos, nos encantar.
Os dias correm e nossa Avaré completa mais um ano de fundação – cidade simples que fazendo graça, cheia de cores e tons, puxada pelos nossos marcos históricos – um lugar de uma gente singular, com um sotaque único.
O olhar, sempre ele, permite que num suspiro poético deixemos que se encontrem, um partindo e o outro chegando, para matar as saudades num rápido enlace.
Mas o que vale hoje, 15 de setembro de 2021 é um Viva Avaré!
“Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
* Mario Quintana