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    758 Jornal A Bigorna 11/12/2023 15:00:00

    Polícia

    Uma viatura da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), unidade de elite da Polícia Militar do estado de São Paulo, fazia patrulhamento preventivo no bairro da Bela Vista, região central da capital paulista, na tarde de 18 de outubro deste ano. Era uma quarta-feira.

    Segundo versão dos policiais militares, a guarnição recebeu denúncia sobre um homem foragido da Justiça, ocupando uma picape Ford Ranger prata. Não demorou muito e a equipe avistou o suspeito a bordo do veículo na avenida 23 de Maio, altura do número 2000.

    Os PMs fizeram a abordagem e nada de ilícito encontraram com o ocupante da picape. O motorista, no entanto, estava com uma Carteira Nacional de Habilitação falsificada. Ele acabou revelando o nome verdadeiro: Sandro dos Santos Olímpio, 40. E confessou ser fugitivo.

    Na realidade, Sandro, conhecido como Cisão, era monitorado por policiais militares e penais e também por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente, subordinado ao Ministério Público do Estado de São Paulo.

    Segundo as investigações, Cisão é ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e substituiu Janeferson Aparecido Mariano Gomes, 48, o Nefo, na chamada "célula restrita" da facção criminosa, responsável pelo planejamento de atentados contra autoridades e agentes público.

    Nefo foi preso em 22 de março deste ano no estado de São Paulo. Ele está recolhido na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) e é acusado de planejar, com outros comparsas da organização, atentado contra o senador Sérgio Moro (União Brasil) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

    Foi monitorando Nefo na prisão que o serviço de inteligência da SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) chegou à identificação de Cisão. Ainda segundo as autoridades, além de planejar atentado contra Sérgio Moro, a "célula restrita" tinha outra missão em Brasília.

    Relatórios do MP-SP e da Polícia Federal, aos quais a coluna teve acesso, apontam que o PCC pesquisou endereços do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). As suspeitas são de que ambos seriam alvos de ataques da facção.(Por Josimar Jozino)

     

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