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    Denúncia aponta “motim de presos” e agressão a funcionário da Penitenciária de Itatinga

    3574 Jornal A Bigorna 18/01/2024 19:30:00

    Uma denúncia enviada por um funcionário da Penitenciária de Itatinga, o qual pede sigilo de fonte, aponta que, supostamente estariam acontecendo princípios de ‘motim de presos’ e até uma agressão a funcionário na Penitenciária de Itatinga, próxima a Avaré, ocorreu, relata.

    Segundo relato, um detento que prestava serviços na Cozinha Central da Unidade Prisional, após ser chamado por um servidor que trabalha no Setor de Produção, e, assim avisar ao mesmo que ele seria transferido para a Copa dos Funcionários do Setor de Administração, não foi obedecido pelo detento.

    Segundo o denunciante, o detento continuou afirmando e que não iria trabalhar naquele Setor pelo fato de não querer estar próximo dos funcionários e que em gíria disse: “essa  não era a sua praia”. Diante da recusa  o servidor então pediu que ele repensasse a sua decisão pois a mesma poderia prejudicá-lo.

    Entretanto, mesmo assim, o preso partiu para agressão ao funcionário o agredindo com socos e ponta pés, fato este ocorrido entre a conhecida ‘gaiola da Cozinha Central’ que é a parte onde passam os presos para a Cozinha e também se localiza a Caixa de Facas com os agentes do posto.

    Os servidores da ‘Gaiola 0-1’ foram em socorro ao servidor que foi surpreendido pelo detento, o qual se recusava de forma agressiva a cumprir a determinação do agente penal.

    O funcionário foi espancado e agredido, pois um dos servidores que estava prestando serviço no local, além de ter idade mais avançado, é um tanto quanto debilitado e não teve nem como socorrê-lo, afirma o denunciante.

    Ouvindo os gritos dos colegas, outros agentes penais correram para o local na Cozinha Central em socorro ao companheiro de trabalho e interviram para retirá-lo das mãos do detento e, desta forma conseguiram depois de muita violência por parte do preso, utilizando de uso de força moderada, imobilizar o mesmo e fazer cessar as agressões; outros servidores que prestaram socorro também ficaram com marcas das agressões, porém o servidor do Setor de Produção, ficou marcado pela violência das agressões, inclusive com os olhos muito roxo.

    Com o ocorrido foi feito então um Boletim de Ocorrência Interno, e o preso agressor encaminhado para a Penitenciária I de Avaré, porém não foi comunicado o fato para qualquer funcionário na Unidade sem maiores consequências, fato este que pode ensejar em prevaricação por parte da Diretoria do Unidade Prisional.

    Ainda diz o denunciante que tudo ficou sem punições maiores, ou  mesmo punição coletiva, devido a fragilidade que se encontra a Unidade Prisional _Itatinga.

    O denunciante alega que  alguns servidores de forma anônima, estão revoltados com a Diretoria da Unidade, pelo fato de que os servidores não possuem nenhuma autonomia para exercer de fato o poder de polícia emanado pelo cargo que exercem, e assim e, desta forma, imporem a disciplina nos raios, galerias e demais setores da Penitenciária de Itatinga.

    Relata ainda a denúncia que qualquer atitude que os servidores tomam em prol da disciplina e bom andamento do cumprimento da pena dos detentos ali custodiados, a Diretoria vai contra os mesmos, dando total liberdade aos presos, colocando em xeque a autoridade emanada pelo poder de polícia que o Estado concede aos servidores concursados, em verdadeiro "caso de amor " ao cargo e medo de perdê-lo.

    O denunciante ainda diz  que não houve nenhuma punição mais severa, tipo suspensão de visitas, mesmo o funcionário tendo sido rendido e severamente agredido e que isso fatalmente chegou aos ouvidos da massa carcerária, incentivando-os a outros ataques a servidores.

    A Penitenciária de Itatinga que foi criada como CDP de Itatinga foi a primeira  Unidade Prisional do Estado de São Paulo entregue com o diferencial de ser totalmente automatizada, o que se esperava era mais segurança para os servidores.

    A partir de tais fatos, relata o denunciante, policiais penais entendem que nada acontece à população carcerária num desvio de conduta de falta gravíssíma ocorrida dentro da Penintenciária, podendo futuramente vir a se concretizar de maneira trágica aos servidores lotados na área do miolo da cadeia,  onde fato de ocorre o verdadeiro trabalho dos servidores penitenciários.

    Para piorar a situação, relata a denúncia, o quadro reduzido de funcionários coloca ainda mais em risco a situação de todos ali designados para prestar serviços, pois para se ter um exemplo, na Cozinha Central só trabalha apenas um funcionário, que é uma pessoa já quase sexagenária e safenada, colocando o servidor em uma área tão sensível da cadeia com presos manipulando facas e objetos perfuro-cortantes sozinho, sem nenhuma contenção ou ajuda.

    Ainda o denuciante diz que qualquer que seja a atitude tomada pelos servidores que vá de encontro a necessidade da imposição da Disciplina, eles são repreendidos verbalmente por parte da Diretoria.

     Ocorrendo uma situação que os servidores estão presenciando a situação da Unidade Prisional, está cada dia se tornando mais frágil e colocando em risco a própria segurança de todos os servidores do Setor de Cargeragem, (Miolo da Cadeia) e do restante da Unidade também, dando desta forma, mais poder e força para o Crime Organizado no qual, relata o denunciante, tomou conta das Unidades Prisionais de todo o Estado de São Paulo desde o ano de 2002.

    O  Jornal A Bigorna, está à disposição da Diretoria para mais explicações, já a SAP não retornou às ligações.

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