• Nuances de uma política fraca

    830 Jornal A Bigorna 23/08/2018 02:09:00

    Por Assis Chateaubriand – A Coca-Cola quer ir embora. Umas das maiores e mais lucrativas empresas de refrigerante situada na Zona Franca de Manaus quer que o governo volte a lhe dar os benefícios de não pagar alguns impostos. Ela, uma multinacional, quer lucrar ainda mais, e não quer pagar imposto que melhoraria a vida do brasileiro.

    A empresa sordidamente ameaça o presidente, dizendo que se não tiver benefícios fiscais, ela (empresa milionária) vai embora e o Brasil terá que importar Coca-Cola. Um absurdo. Fazer chantagem em detrimento da população. Poderia ir embora para nunca mais voltar.

    Já o trabalhador não tem benéficos fiscais. Pelo contrário – paga até imposto sobre aquilo que ganha – seu salário é tido como renda, e não como meio de sobrevivência.

    Num País disparatado e perdido nas nuances políticas que nunca serão resolvidas, quem ganha mesmo são os milionários. O pobre trabalha até morrer. Mas às vezes, quando perco tempo “vendo” postagens em Facebook acredito mesmo que o brasileiro gosta mesmo é de sofrer.

    Elegem vagabundos, festeja com dinheiro que poderia ser direcionado para melhorar sua vida, enfim, como disse Arnaldo Jabor, o Brasil não tem jeito. É canalha demais num lugar só.

    Na cena nostálgica que vivemos atualmente – acreditar em democracia e direitos do cidadão – vira um ato cômico.

    É preciso mais, muito mais para que o Brasil saia do ‘lodo’ em que se encontra há décadas. Os eleitores deveriam, mas não farão – tirar do ego a mania de idolatrar políticos, e, sim, escolher os melhores. Nem sempre acertaremos - óbvio ululante – mas, pelo menos, as próximas gerações teriam um cenário menos defenestrado e vulgar que se encontra nosso País.

    As próximas gerações serão vítimas da geração atual. Se não progredirmos um pouco que seja – aos trancos e barrancos – os filhos e os filhos dos filhos sofrerão muito mais do que estamos sofrendo.

    XXX

    Já aqui em Avaré. Bem. Aqui é outro mundo. Cheio de incertezas e absurdos políticos que nem pretendo falar. O silêncio, às vezes, é muito maior que as palavras.

    Chatô é escritor

     

     

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