
Assis Chateaubriand – Duas matérias que li atentamente nesta semana me chamaram a atenção, cada uma delas em seu tempo e no espaço. Terra retirada de um local de domínio público e o Horto, belo cartão postal que passará a ser administrado pela prefeitura.
Quanto às terras, da tal famigerada pista de MotoCross ela estaria sendo retirada, segundo o empresário com ordem da prefeitura. Até aí chegamos num ponto; enquanto noutro, a prefeitura se cala, não diz nada, finge que não viu, acha que o povo é burro. Quem atacou Poio Novaes quando o ex-prefeito doava cascalhos para melhorar as vias rurais, bradaram por uma CPI, e, hoje, se calam. Notáveis políticos!
Já o Horto, prefiro esperar o Tempo, senhor absoluto da razão, que nos dará a resposta final se o prefeito acertou ou errou em adquirir um local turístico que era subsidiado pelo estado e passará – agora – a ser despesa do município.
Oxalá o senhor prefeito não faça do Horto um ‘cabide de empregos’, com cargos em comissão, palavras tais que já se ventilam de gente próxima do próprio prefeito. A Emapa é um exemplo claro de um grande cabide de empregos e muitas despesas.
Um administrador consciente, acredita este escriba, deveria pensar em prioridades, como saúde, educação, salário mais dignos para os funcionários públicos, e menos gratificação para ‘les hommes de la coupé’.
Analisando friamente o momento, o Horto passará a ser o mesmo, a dar aos turistas os mesmos afrescos. Somente mudará se a prefeitura investir maciçamente no local.
No entanto, como a atual administração alega que não há dinheiro para nada, dificilmente veremos mudanças significativas. Não digo pintar postes e sarjetas, mas sim obras de turismo, que, aliás, todas elas estão abandonadas na represa e no lanchódromo.
Fazer peripécias em tempos de crise é pura insanidade administrativa.
Chatô é escritor