
Por André Guazzelli
As eleições para prefeito e vereadores de Avaré, apesar de terem sido adiadas, ocorrerão, e os avareenses devem refletir com exatidão tudo o que passaram nestes últimos 4 anos, 8 ou 12 anos.
O prefeito que você votou agora ou antes foram bons? Os vereadores que vocês elegeram, nesta ou noutras eleições fizeram a diferença ou mostraram serviço?
São questões que o eleitor avareense terá tempo para analisar, e deve se ater a isso, e não pensar somente ‘porque é meu conhecido voto nele’, ou o cara de um churrascão e vamos com ele’ – não estou mentindo, todos sabem que existem as festas e churrascos de ‘confraternização’ em que os candidatos sempre ‘ aparecem- tipo, assim, do nada’. De tal modo, nada contra as festas com os amigos, mas o eleitor tem a obrigação de se sentir responsável pelo seu voto, pois ele trará consequências pelos próximos 4 anos.
Há alguns nomes surgindo e não quero misturar as cartas. Acho que o eleitor é capaz de distinguir àquilo que será melhor para sua cidade. Cabe, assim, a cada um de nós eleitores pensarmos em Avaré. O editorial, do Jornal O Estado de São Paulo é magistral, e coloco alguns pontos escritos que o leitor/eleitor poderá refletir e ler abaixo:
‘As eleições municipais deste ano podem fazer uma enorme diferença na vida de cada cidade – e isso não é uma afirmação fútil. A escolha de bons prefeitos e de bons vereadores, que sejam verdadeiramente honestos e competentes, pode proporcionar uma efetiva melhoria da administração pública, bem como da própria política estadual e nacional. Além de ser a porta de entrada da carreira política, a esfera municipal tem enorme impacto na vida de cada cidadão.
O voto consciente é um passo necessário, mas não suficiente para que a política realize o interesse público. É preciso assegurar que as promessas de campanha se tornem compromissos efetivos com o cidadão ao longo dos quatro anos de mandato. E isso se consegue mediante acompanhamento e cobrança do eleitor.
A urna é o grande meio de que os cidadãos dispõem para a renovação da vida pública. Mas quando se pensa que o exercício dos direitos políticos se esgota no voto, até a urna se torna disfuncional, fazendo com que a política esteja orientada para o bem do cidadão apenas durante a campanha eleitoral. Trata-se de um grave problema, a merecer reflexão.
Da mesma forma, o candidato eleito deveria querer, como sua principal aspiração, aproveitar o tempo de mandato – todos os 48 meses, sem nenhuma pausa – para realizar ao máximo o que foi prometido durante a campanha eleitoral. Afinal, foi para isso que ele se dispôs a disputar as eleições, um processo longo, cansativo e quase sempre esgotante.
Os políticos eleitos têm direta e total responsabilidade sobre o modo como exercem os mandatos. Não há desculpa para um exercício acomodado ou irresponsável do cargo. Menos ainda há justificativa para um exercício corrupto ou corruptor do poder concedido pelo voto.
É absolutamente incompreensível que o eleitor não acompanhe o modo como o político eleito exerce o mandato, já que se trata de seu interesse imediato. Não se fala de cargos distantes, que não afetarão o dia a dia de cada cidadão. No caso, é o prefeito que vai administrar, por exemplo, a creche e a escola de seus filhos. É o vereador que vai decidir sobre os rumos do crescimento da cidade, do transporte público ou do saneamento. Não há razão para alheamento.
Com frequência, o que se vê ocorrer é ainda mais grave que um circunstancial distanciamento do eleitor com o político que ele escolheu na urna. Decorridos alguns meses, o eleitor nem sequer se lembra do nome do candidato em quem votou. Há uma total ruptura entre o cidadão e a política. Diante desse quadro, no qual até o primeiro interessado (o cidadão) se desliga do processo, é preciso reconhecer a falta de incentivos para que os compromissos de campanha se perpetuem ao longo dos quatro anos de mandato’.
Bom domingo, uma ótima reflexão que podemos fazer neste momento para elegermos quem você acredita que fará um bom mandato e lhe representará nos próximos anos levando Avaré a uma melhoria – Avaré tem jeito, basta o povo querer!