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    O resto de quase tudo_ Chatô

    1749 Jornal A Bigorna 15/03/2021 12:00:00

    Vivemos tempos ásperos e difíceis demais. A 2ª Onda do tal vírus chegou, como previram os cientistas. Nesta época de dificuldade, o que surpreende é que Facebook virou uma máquina de ódio, devido ao grau de impunidade com agressões vis e baratas, numa rede social que aos poucos perde credibilidade devido a tantas balburdias e besteiras.

    “Creio que nenhum homem tem plena consciência das engenhosas artimanhas a que recorre para escapar à sombra terrível do conhecimento de sua própria pessoa”, escreveu Joseph Conrad Enquanto o magnifico William Shakespeare, escreveu: “ Seria possível imaginar o mesmo de um país? Dizer, como o personagem de Shakespeare (em Macbeth): “Ai de ti, pobre país, quase com medo de conhecer a si próprio”.

    A História ensina que uma sociedade enjaulada em amargas polarizações é particularmente vulnerável a populismos fraudulentos, e caminhamos rumo a isso, se o povo não acordar.

    Viver é preciso e trabalhar também. Deste modo, acredito que possa haver um meio-termo para que a sociedade e seus trabalhadores não fiquem desempregados. O que não pode acontecer são as festanças pela cidade afora, como se vivêssemos em outro mundo. Conscientização é difícil, quando o próprio homem que reclama, faz festas de arromba em lugares escondidos e dissemina a contaminação.

    Pornochanchada de pedidos de intervenção militar – um papel mais que patético, e até que a vacinação deslanche, a união dos cidadãos é fundamental para salvar vidas. Isto é o que ainda acredito, pois estamos a caminho de termos mais um ano perdido em nossas vidas. Desde março de 2020 vivemos à sombra desta catástrofe, e tenho o privilégio de não saber quase tudo e isso explica o resto.

    Gostaria de uma sociedade mais justa, menos corrupta, com menos hipocrisia, mais digna, com mais amor ao próximo, menos preconceito, menos rancor e principalmente mais paz na alma, declarou um dia Albert Einstein

    Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma, assim a “esperança torna-se o sonho do homem acordado”. Com a pandemia, muita gente parou de sonhar, de ter esperança num futuro melhor.

    Ter esperança é fundamental para nós, fracos e impotentes seres humanos. Nunca foi tão necessário ter esperança!

    É preciso ter esperança e saber que das nossas atitudes a vida de outras pessoas também estão em jogo. Inexoravelmente todos precisam trabalhar e para isso tem que haver a conscientização de que neste momento não podemos tudo para todos os lugares. Estamos sofrendo pelos nossos próprios erros e egoísmos.

    Deste ou desse ou daquele modo, somente com esperança poderemos vencer mais rápido.

    Se o egoísmo prevalecer, veremos que ele unificará os insignificantes e seremos o resto de quase tudo.

    Chatô é escritor

     

     

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