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    1236 Jornal A Bigorna 12/03/2024 10:00:00

    Poesia

    A chuva namora o rio:

    penetra suas entranhas

    entre raízes, pedras e lama...

    Inventa nova geografia:

    (virgens reentrâncias)

    amando seu corpo masculino de rio.

    Desgoverna suas margens

    explorando enseadas;

    tateando o escuro de sua alma,

    lambendo suas curvas

    com língua profunda

    encharcada...

    A chuva acaricia o rio

    do seu jeito: de qualquer jeito;

    pela força, por dentro,

    cuidando para fluir em seu leito

    a gravidez de um outro rio:

    tentativa de oceano.

     

    *Por José Carlos Santos Peres

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