
Em 2024, o uso de drogas continua a ser um desafio global, com tendências alarmantes e novas dinâmicas emergindo em várias regiões. A crise dos opioides, impulsionada pelo fentanil, persiste como uma das mais graves, especialmente na América do Norte.
O fentanil, um opioide sintético extremamente potente, está associado a um aumento significativo nas mortes por overdose. Sua facilidade de produção e alta lucratividade têm levado à sua proliferação no mercado ilegal, exacerbando problemas de saúde pública.
Na América Latina, o tráfico de drogas continua a alimentar a violência e a instabilidade política, com cartéis adaptando-se rapidamente às medidas de repressão. Países como México e Colômbia enfrentam desafios constantes na luta contra o narcotráfico, enquanto tentam implementar políticas de redução de danos e apoio às comunidades afetadas.
Na Europa, a crescente popularidade das drogas sintéticas e novos psicoativos preocupa as autoridades. Essas substâncias, muitas vezes produzidas em laboratórios clandestinos, apresentam riscos desconhecidos e complicam os esforços de regulamentação e controle.
A cannabis, entretanto, está vendo uma mudança de paradigma com mais países europeus avançando em direção à legalização e regulamentação do uso medicinal e recreativo.
Em outras regiões, como Ásia e África, os padrões de uso de drogas variam amplamente. Na Ásia, o uso de metanfetaminas tem aumentado, enquanto na África, a crise dos opioides está começando a ganhar atenção, especialmente em áreas onde o acesso a tratamentos de dependência é limitado.
Globalmente, as respostas políticas e sociais ao uso de drogas estão se diversificando. Países estão explorando uma combinação de repressão ao tráfico, programas de redução de danos, legalização de algumas substâncias e ampliação do acesso ao tratamento para dependentes.
A colaboração internacional é crucial para abordar a complexidade do problema e mitigar os impactos do uso de drogas na saúde pública, na segurança e na economia global.
Cabalmente as drogas têm um impacto devastador nas famílias, destruindo laços de amor e confiança. Substâncias como crack, cocaína e opioides causam dependência grave, levando indivíduos a comportamentos destrutivos e negligência das responsabilidades familiares. Os efeitos adversos incluem violência doméstica, problemas financeiros e instabilidade emocional, afetando não apenas os usuários, mas também seus entes queridos.
O dilema é simples. O homem desde que se tornou um animal racional, se refez e se tornou um ser onde o dinheiro está em primeiro lugar do que a vida, e, deste ou desse ou daquele modo, ao criar drogas que o destruam é mais importante do que saber viver com inteligência.
O sapiens, não são tão sapiens. Ele na verdade é seu próprio lobo.
*Por André Guazzelli
Jornalista, professor de história e filosofia, pós-graduado em sociologia e pós-graduando em Arqueologia.