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    435 Jornal A Bigorna 31/12/2022 21:50:00

    Palanque do Zé

    Escrevo essa coluna no finalzinho da tarde do último dia de 2022. O que desejamos para o próximo ano, é que tudo dê certo, que tenhamos saúde, amor, paz e compreensão, além de dinheiro, é claro!

    E é sobre dinheiro que quero falar hoje. Não sobre os bilhões do Elon Musk ou sobre a lamentável pobreza infinita que parece se alastrar pelos quatro cantos do planeta, indistintamente, mas que se faz mais latente em certas partes do mundo. Esses são temas importantes, sem dúvida, mas não são o foco de hoje.

    Por agora, falaremos do seu e do meu dinheiro. Falaremos da classe média. O assunto é pertinente porque com a ascensão do PT ao poder, tememos que – mais uma vez – sejamos jogados no limbo: Nem tão pobres para ter acesso aos programas de distribuição de renda, nem tão ricos para que passemos ilesos ao período difícil que se avizinha.

    Tenho falado aqui nesse espaço, que Lula não receberá uma “herança maldita” de Bolsonaro, como tem dito por aí. Mas não adianta só dizer. Precisamos entender como as coisas funcionam e identificar os furos dessa afirmação leviana.

    E é justamente nesse contexto que surge a seguinte pergunta: Como saber se a situação econômica do País vai bem ou mal? Como aqui não há espaço para achismos, é preponderante que saibamos o que são indicadores econômicos e como eles causam impacto no nosso bolso.

    Logo de cara, é preciso que você saiba que os indicadores econômicos estão todos interligados, de modo que o desempenho de um, repercute nos outros.

    Chega de enrolação. Vamos aos fatos: Indicadores econômicos são, nada mais do que um compilado de dados que servem como um norte para os governantes, empresários e investidores que buscam analisar a condição atual da situação financeira.

    Há aqueles que mostram o contexto amplo da macroeconomia, que diz respeito ao País como um todo. E há os que são focados na microeconomia, que diz respeito ao comportamento financeiro de pessoas, empresas, grupos e setores, por exemplo.

    Agora que você já está a par do assunto, vou listar abaixo, os 10 indicadores econômicos mais importantes para a macroeconomia (itens 1 a 7) e microeconomia (itens 8 a 10). Leia até o final porque trarei também 3 itens de bônus bem interessantes!

    Será que Lula vai conseguir melhorá-los em relação ao que Bolsonaro deixou? Espero que sim, mas acho que não.

    1. CDI

    O Certificado de Depósito Interbancário é um título de curtíssimo prazo, pois só vale um dia útil. Ele se baseia em  empréstimos feitos entre instituições financeiras para fechar o caixa no azul, e é visto como um indicador porque revela os juros médios das operações entre bancos. O valor da taxa CDI anualizada em dezembro de 2022 é de 13,65%. 

    1. Dólar

    Embora seja o dinheiro dos Estados Unidos, o Dólar influencia o mercado mundial, porque as importações e exportações são realizadas com essa moeda. No dia de hoje, para comprarmos US$1 Dólar, precisamos de R$5,29 Reais.

    1. Euro

    O Euro não é uma moeda tão importante quanto o Dólar americano, mas tudo o que acontece na União Europeia, gera efeitos mundiais. Sendo assim, a moeda é outro indicador relevante. No dia de hoje, para comprarmos €1 Euro, precisamos de R$5,63 Reais.

    1. Ibovespa

    O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo é um espelho da performance das principais ações negociadas na Bolsa, razão pela qual é uma referência importante. No dia de ontem, 30/12/2022, o último de Operação do ano, ela fechou com 109.734,60 pontos, uma queda de 0,46% em relação ao dia anterior.

    1. IBX

    E já que falamos de Bolsa, o IBX, que é Índice Brasil, o qual mede o retorno de uma carteira teórica que tem as ações mais negociadas na Bolsa, fechou o seu último dia de operações, 29/12/2022 às 18h25, com 46.546,89 pontos, tendo um volume de R$19,80 bilhões, uma variação de -0,48% em relação ao dia anterior. Esses dados são do IBX-IND.

    1. IGP-M

    A sigla IGP-M significa Índice Geral de Preços – Mercado, que é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trata-se de uma maneira abrangente de medir a variação de preços na economia, com base nas diferentes etapas da cadeia produtiva. Esse é o índice utilizado para a elaboração do preço do aluguel, mensalidades escolares, tarifa de energia elétrica, algumas modalidades de seguro e planos de saúde. O IGP-M de dezembro acumula alta de 5,45% em 2022.

    1. Selic

    É a taxa básica de juros, portanto, o instrumento da política monetária para controlar inflação. Se ela aumenta ou diminui, as taxas de aplicações, empréstimos e financiamentos também seguem a mesma linha. Na última reunião de 2022, o Comitê de Política Monetária manteve a Selic em 13,75%.

    1. PIB

    O Produto Interno Bruto  mostra o fluxo de novos bens e serviços finais do país, estado ou cidade medidos. Diferentemente do que se diz por aí, ele não é a soma da riqueza existente, mas ajuda a entender o aumento de produção, bem como a demanda por empregos, ações e investimentos. Ainda não temos um número fechado para o acumulado dos últimos 12 meses, mas já se sabe que, pela primeira vez desde 2013, o governo vai encerrar o ano com um resultado primário positivo. De acordo com o Tesouro Nacional, o saldo positivo primário de 2022 vai corresponder a 0,4% do PIB.

    1. IPCA

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo é tido como o índice oficial da inflação. Ele mede as consequências da variação dos preços no poder de compra das famílias, conforme um determinado conjunto de produtos e serviços. O IPCA acumulado em 2022 ficou na casa dos 5,13. Ele é medido pelo IBGE mês a mês.

    1. TR

    A Taxa Referencial, que estabelece a rentabilidade dos Títulos de capitalização, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, Caderneta de poupança e alguns tipos de Fundos de Investimentos Imobiliário, no acumulado de 2022, é de 1,3113%.

    Para finalizar, apenas mais três dados:

    Inadimplência – Quatro em cada dez brasileiros adultos - 40,05% da população - estavam “com o nome sujo” em outubro de 2022. O valor médio da dívida de cada consumidor negativado foi de R$ 3.694,06. Houve uma evolução das dívidas com o setor de bancos, que aumentou 31,82%, seguido de água e luz, com 14,39%.

    Desemprego – A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,3% em outubro de 2022, tendo atingindo o menor nível desde 2015, de acordo com o IBGE. No final de outubro, haviam 9 milhões de desempregados. E 99,7 milhões de pessoas empregadas, novo recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

    Gasolina – De acordo com a Petrobras, o preço médio da gasolina no Brasil é de R$ 4,93, conforme informações coletadas entre os dias 18 a 24 de dezembro 2022.

    Com esses dados, me despeço. Espero, de coração, estar errado. Mas acredito que o próximo ano será bem difícil, ante o histórico do PT no Governo.

    De todo modo, desejo que você e os seus tenham tudo o que realmente precisarem.

     

    Até a próxima!

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