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    535 Jornal A Bigorna 14/03/2023 08:50:00

    Palanque do Zé

    Hoje, vamos falar sobre o Grupo Wagner, que é composto por mercenários que atuam de acordo com os interesses de Vladimir Putin.

    Mas, antes, para contextualizar vocês, é importante falar brevemente sobre a Guerra da Ucrânia, eis que foi nesse cenário que a citada Organização Paramilitar realmente floresceu.

    A chamada Guerra Russo-Ucraniana começou em fevereiro de 2014, e ficou inicialmente concentrada na península da Crimeia e em algumas partes de Donbas. Ambas as localidades são reconhecidas pela comunidade internacional como sendo parte do território ucraniano.

    Ao obter o controle de tais áreas, Putin “tirou o pé”, deixando o conflito em suspensão até meados do ano passado, sendo que em fevereiro de 2022, o Exército Russo avançou para ocupar novas áreas da Ucrânia, e os combates escalaram de vez para uma guerra sangrenta e destrutiva de fato.

    De acordo com a Agência Reuters de notícias, uma das mais conceituadas do mundo, até a data de 11 de março do corrente ano, pelo menos 42.295 pessoas morreram,  58.479 ficaram feridas, 15.000 estão desaparecidas e 14 milhões estão desabrigadas.

    No mesmo período de aproximadamente um ano, 140 mil edifícios foram destruídos pela Rússia em território ucraniano, o que gerou cerca de 350 bilhões de dólares em prejuízos.

    São números alarmantes, certamente. O que nos leva ao tema desta coluna.

    Se a Ucrânia se vale da OTAN e do Ocidente para permanecer firme na luta contra o inimigo invasor, a Rússia se vale de poucos países aliados, mas principalmente do Grupo Wagner para manter sua criminosa ofensiva militar na Europa Oriental.

    Como dito acima, o Grupo Wagner é uma organização paramilitar de origem russa, sendo descrito como uma empresa militar privada, apesar de não estar registrada como tal na Rússia, que oficialmente não permite a existência de grupos paramilitares em seu território.

    Apesar disso e de ser considerado como um grupo terrorista pelos Estados Unidos, os mercenários ligados à Organização contam com o apoio informal do governo russo e trabalham para satisfazer as vontades pessoais de Vladimir Putin, o Presidente (ou Ditador, como queira) da Rússia.

    Desde meados de 2014, quando acredita-se que tenha sido fundado por Dmitriy Valeryevich Utkin, um ex-oficial do exército russo e veterano da Primeira e Segunda Guerras da Chechênia, os mercenários do Grupo Wagner já atuaram em várias regiões pelo mundo, principalmente no leste da Ucrânia, na Síria e na África.

    Entretanto, acredita-se que Utkin é apenas o comandante militar do grupo, sendo o seu verdadeiro dono e financiador, o oligarca russo Yevgeny Prigozhin, amigo próximo de Vladimir Putin.

    Uma curiosidade é o nome da companhia, que seria uma homenagem a Richard Wagner, o compositor favorito de Adolf Hitler, que foi transformado em símbolo pela Alemanha Nazista.

    De toda maneira, o grupo é acusado de ter simpatias neonazistas e cometer crimes de guerra onde são inseridos, praticando saques e estupros de civis, além de torturar e realizar a execução sumária de desertores.

    Apesar de brutais, as acusações fazem sentido, eis que a maioria dos mercenários “contratados” pelo Grupo Wagner é formada por prisioneiros russos que aceitam lutar em troca da liberdade e total desconsideração de seus crimes anteriores. Tais pessoas foram, não é preciso esclarecer, condenadas pela prática de crimes violentos e teriam, portanto, que cumprir penas muito longas no Sistema Prisional Russo, um dos mais cruéis de que se tem notícia.

    Até o momento, fontes a par do assunto levam as autoridades a crer que as perdas de vidas do Grupo Wagner na Guerra da Ucrânia são baixíssimas se consideradas as proporções do conflito, variando entre 25 a cerca de 300 mortes, além de um número indeterminado de feridos.

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