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    529 Jornal A Bigorna 13/10/2023 09:10:00

    Palanque do Zé

    Como você certamente está acompanhando pela mídia, o grupo terrorista Hamas atacou Israel essa semana. Inocentes foram mortos, civis foram sequestrados e bebês foram decapitados.

    Mas esse é um conflito que não começou agora, pelo contrário, vem de longa data, o que resultou em dezenas de milhares de mortes e no deslocamento de milhões de pessoas desde o seu início, com raízes na colonização britânica da região há mais de um século.

     Durante décadas, muitos especialistas têm se questionado sobre a possibilidade de uma resolução dessa pendenga. Muitos veem o conflito como intratável, complexo e profundamente arraigado na história da região.

    Eu, pessoalmente, sou favorável ao pensamento do Primeiro-Ministro Britânico Sir Winston Leonard Spencer Churchill: “É melhor morrer em combate, do que ver ultrajada a nossa Nação”. Esse pode parecer um pensamento beligerante, mas não. Em verdade, essa frase quer dizer que certos princípios são inegociáveis e, o direito de viver em liberdade e de acordo com as próprias regras é inalienável, de modo que vale a pena morrer para defendê-lo.

    Assim, creio que a única solução para Israel é lutar até que o Hamas e outros grupos terroristas que os ameaçam sejam exterminados. Até porque, como afirmou certa feita Golda Meir, uma das fundadoras e Primeira-Ministra do Estado de Israel: “Se os palestinos baixarem as armas, haverá paz. Se os israelenses baixarem as armas, não haverá mais Israel”.

    Mas, esse não é o tema de hoje, então vamos ao resumo do conflito:

    1917: Declaração Balfour:

    Em 2 de novembro de 1917, Arthur Balfour, ministro das Relações Exteriores do Império Britânico, emitiu a Declaração Balfour, prometendo criar um "lar nacional para o povo judeu" na Palestina. Esta declaração desempenhou um papel crucial no desenrolar do conflito, já que a região era habitada por árabes palestinos em sua maioria. 

    1936-1939: A Revolta Árabe:

    A escalada das tensões entre árabes e britânicos resultou na Revolta Árabe de 1936, marcada por greves, boicotes e confrontos. Os britânicos responderam com repressão, prisões em massa e demolição de casas árabes. 

    1947: O plano de partilha da ONU:

    A Resolução 181 da ONU, adotada em 1947, propôs a partilha da Palestina em dois Estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém sob administração internacional. Os palestinos rejeitaram o plano, alegando que concedia uma parcela desproporcional de terras aos judeus. 

    1948: Nakba e a criação do Estado de Israel:

    Em 1948, o Estado de Israel foi estabelecido sem acordo pacífico com os árabes. Isso desencadeou a primeira guerra árabe-israelense e levou à saída de cerca de 750 mil palestinos de suas terras, uma tragédia conhecida como Nakba, ou "catástrofe" em árabe.

     1967: A Guerra dos Seis Dias:

    Em 1967, Israel ocupou áreas da Palestina histórica, incluindo a Cisjordânia, Gaza, Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã em uma guerra de seis dias. Isso resultou em mais tensões e conflitos entre as partes envolvidas. 

    1987-1993: A Primeira Intifada:

    A Primeira Intifada palestina, que começou em 1987, foi marcada por protestos populares, greves e confrontos. Isso levou à formação do movimento Hamas e à assinatura dos Acordos de Oslo em 1993, criando a Autoridade Palestina. 

    2000: A Segunda Intifada:

    A Segunda Intifada começou em 2000 após visitas polêmicas do líder israelense Ariel Sharon à esplanada de mesquitas de Al-Aqsa. Isso resultou em mais conflitos, incluindo a construção de um muro de separação por Israel. 

    2004-2007: A divisão palestina e o bloqueio em Gaza:

    Após a morte de Yasser Arafat em 2004, uma guerra civil entre Fatah e Hamas ocorreu. O bloqueio aéreo, terrestre e naval de Gaza foi imposto por Israel em 2007, contribuindo para o isolamento da Faixa de Gaza. 

    2007-Hoje: As guerras na Faixa de Gaza:

    Israel lançou quatro ataques militares prolongados em Gaza em 2008, 2012, 2014 e 2021. O bloqueio aprofundou o sofrimento dos habitantes de Gaza e dificultou a reconstrução da região.

     O conflito Israel-Palestina gira em torno de questões como uma solução de dois Estados, assentamentos israelenses, o status de Jerusalém e a questão dos refugiados palestinos. Essas questões permanecem no centro do conflito, e uma resolução pacífica continua a ser um desafio formidável.

     

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