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    Piloto acusado de transportar mais de 500 kg de cocaína em aeronave é condenado a 10 anos de prisão

    633 Jornal A Bigorna 16/04/2024 14:30:00

    O piloto do avião de pequeno porte que fez um pouso forçado em uma área rural de Caporanga, distrito de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), em janeiro de 2023, foi condenado a dez anos, dois meses e 15 dias de reclusão em regime fechado por tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico.

    A aeronave pilotada por Leandro Muller de Paula transportava mais de 500 quilos de pasta base de cocaína e era perseguida por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB).

    A sentença foi assinada pela juíza federal substituta Ana Claudia Manikowski Annes na 1ª Vara Federal de Ourinhos (SP), nesta segunda-feira (15). A decisão cabe recurso.

    Relembre o caso

    Em 18 de janeiro de 2023, o avião de pequeno porte, pilotado por Leandro fez um pouso forçado na área rural de Santa Cruz do Rio Pardo. A aeronave estava transportando mais de 500 quilos pasta base de cocaína e era perseguida por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB).

    Para escapar do acompanhamento, o piloto fez a manobra em uma plantação de soja onde aconteceu a aterrissagem.

    Após o pouso, os dois ocupantes da aeronave, incluindo o piloto, fugiram do local. A aeronave de prefixo PT-EYL estava com Certificado Aeronavegabilidade (CA) suspenso.

    Na época, a FAB confirmou a interceptação da aeronave que saiu do Paraguai e entrou no espaço aéreo brasileiro sem plano de voo previsto. Na operação, a FAB utilizou os caças A-29 Super Tucano e a aeronave foi detectada pelos radares do Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).

    Após a interceptação, a Polícia Federal foi notificada por se tratar de uma aeronave fazendo uma rota de tráfico de drogas já conhecida.

    Rota de tráfico internacional de drogas

    Na semana passada, 9 de abril, outra aeronave interceptada pela FAB fez um pouso forçado também em Santa Cruz do Rio Pardo.

    A quantidade de droga e rota da aeronave são semelhantes: vinda do Paraguai e com pouco mais de 500 kg de cocaína.

    Esta última foi interceptada na fronteira do Paraguai com o Brasil, na região do Mato Grosso do Sul.

    Ao ingressar no espaço aéreo brasileiro, sem plano de voo, o avião passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e pela PF, que utilizou o helicóptero da corporação. A FAB determinou o pouso obrigatório da aeronave, em Londrina (PR), pedido que não foi cumprido.

    O piloto fez um pouso forçado, em uma plantação de laranja, para tentar fugir por terra já no interior do estado de SP, na região de Santa Cruz do Rio Pardo. Com a queda, o avião de pequeno porte partiu ao meio e parte da carga, aproximadamente meia tonelada de pasta base de cocaína, ficou exposta.

    O suspeito, de 30 anos, ainda tentou fugir pela mata, mas foi localizado pelo helicóptero da PF que acompanhava a ocorrência e preso.

    A reportagem do g1 apurou que a aeronave estava com Certificado Aeronavegabilidade (CA) suspenso. O CA é documento emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ainda segundo a FAB, a aeronave de modelo CESSNA-182 estava com a matrícula clonada.(Do G1)

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