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    2801 Jornal A Bigorna 03/08/2022 00:30:00

    Polícia

    Apontado como um dos líderes de assaltos a agências bancárias aos moldes do chamado “novo cangaço”, um dos homens mais procurados do país foi preso na tarde de segunda-feira (1º) em uma abordagem de rotina feita por agentes da Polícia Rodoviária Federal em Atibaia, no interior de São Paulo.

    Danilo dos Santos Albino, 38, tem quatro mandados de prisão expedidos por envolvimento em roubos a bancos em São Paulo entre 2015 e 2021. Esses crimes envolvem quadrilhas com fuzis e explosivos em carros blindados com ao menos 30 criminosos, que enfrentam as forças de segurança e usam civis como escudos humanos, criando um cenário de terror nas cidades onde atuam.

    Na lista dos criminosos mais procurados do país elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, ele também é apontado como suspeito de ligação nas ações de “domínio de cidades”, uma evolução em relação ao “novo cangaço” em crimes mais violentos e planejados. Fontes ligadas a investigações desses grupos apontam que o investimento para mega-assaltos é de até R$ 2 milhões.

    Ele é suspeito de envolvimento no mega-assalto ocorrido no dia 30 de agosto de 2021 em Araçatuba (SP), ação com o maior número de explosivos empregados em assaltos no país, segundo levantamento feito pela Associação Mato-Grossense para o Fomento e Desenvolvimento da Segurança.

    O veículo conduzido por Danilo foi alvo de uma abordagem de rotina da PRF por volta das 15h30 de ontem na BR-381, conhecida como rodovia Fernão Dias.

    Contudo, os agentes suspeitaram da atitude dele, que apresentou um documento de identidade falsificado, mas não soube dar detalhes sobre o Pará, que constava como seu estado de nascimento. Em seguida, acabou admitindo a verdadeira identidade ao ser informado que seria conduzido para verificação dos seus dados. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele.

    Danilo integrava a mesma lista de outros três criminosos de ações do “novo cangaço” entre os mais procurados do país, mortos em ações da polícia em um intervalo de apenas um mês.

    A primeira morte ocorreu no dia 31 de maio. Raimundo Aparecido dos Santos, conhecido como Dica, seguia em um carro na zona rural de Luziânia (GO), município no entorno do Distrito Federal, quando foi abordado por policiais.

    Segundo a Polícia Militar, o criminoso foi baleado após atirar contra os agentes e fugir a pé para uma área de mata. Nenhum dos agentes se feriu. Com Dica, foram encontradas armas e uma carteira de identidade falsa.

    Apontado como suspeito de fornecer armas aos 26 integrantes de uma quadrilha mortos em um sítio em Varginha (MG) enquanto se preparavam para assaltar bancos, na ação policial mais letal do país contra o “novo cangaço”, Dica também era investigado por suspeita de envolvimento com o mega-assalto de Guarapuava (PR), em abril deste ano.

    Em meio a essa última ação, os criminosos mataram um policial militar com um tiro na cabeça durante ataque ao batalhão da cidade.

    O criminoso também é suspeito de participar, em junho de 2016, do assalto à Prosegur, em Ribeirão Preto (SP). Duas pessoas morreram no roubo, entre elas, um policial rodoviário estadual. A quadrilha levou cerca de R$ 51 milhões e, na fuga, ateou fogo em veículos.

    Dica foi monitorado por ao menos três meses antes de morrer, apontam fontes na Polícia Militar do Distrito Federal e de Goiás. Segundo os agentes, ele era dono de uma fortuna oriunda dos crimes e morava em uma mansão num condomínio de luxo.

    Gewides Moreira dos Santos, o Cocheba, foi morto em 23 de junho em uma ação policial semelhante à que terminou com a morte de Dica. Ele se deslocava de carro na zona rural de Peixe (TO), a 284 km de Palmas, quando foi abordado por agentes em uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar do Tocantins.

    Segundo os envolvidos, ele atirou na direção dos agentes e acabou morrendo no confronto. Nenhum policial se feriu. Os agentes apreenderam um fuzil, uma pistola e explosivo. Segundo os policiais, ele usava um rancho nas imediações para guardar armamento usado nos roubos.

    Na madrugada de 1º de julho, Edvaldo Silva Santos, o Edvaldo da Manga, foi morto a tiros enquanto caminhava com a esposa e a filha em uma rua de Cabrobó (PE). Segundo a polícia, o crime foi cometido por dois suspeitos que estavam em uma moto em um possível acerto de contas.

    Ele é suspeito de participar da tentativa de assalto a um avião pagador no aeroporto de Salgueiro, no interior pernambucano, em setembro de 2018. Também já foi investigado por suspeita de participação em mega-assaltos em estados de Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

     

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