
Estudos realizados no período de isolamento social mostram que a sensação foi completamente alterada durante a pandemia.
Coordenação dos segundos, minutos e horas dos dias é uma das grandes invenções da história da humanidade, talvez a mais perene de todas. O primeiro registro de povo que marcou a passagem do tempo é dos babilônios, que viveram na Mesopotâmia entre 1895 a.C. e 539 a.C.
Eles construíram o relógio de sol, dividiram o dia em doze partes e depois em 24, constituindo o mesmo sistema utilizado até os dias de hoje.
Na primeira concepção de um relógio, o momento em que o Sol ficava na exata posição em que não produzia sombra foi marcado como meio-dia, e então deu-se o restante da distribuição das horas entre tarde e noite.
Com a paralisação das atividades e pouca diferenciação entre o que pode ser feito em um dia útil e numa folga — situação que se agravou ainda mais para quem perdeu o emprego durante a pandemia —, a percepção sobre a passagem do tempo mudou.
Para o professor de filosofia da Universidade de São Paulo (USP) Osvaldo Frota Junior é essencial lembrar da diferença entre os fenômenos.
“O tempo físico transcorre de uma maneira independente das pessoas”, diz. “O subjetivo é a construção, aquele que sentimos pelas nossas experiências.” (Da Veja)