• Quadrilha ataca agências bancárias e faz moradores reféns em Araçatuba; três pessoas morreram

    1662 Jornal A Bigorna 30/08/2021 11:50:00

    Homens fortemente armados invadiram e atacaram pelo menos três agências bancárias do Centro de Araçatuba, a  521 km de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira, 30. Segundo a Polícia Militar, pelo menos três pessoas morreram - dois moradores da cidade e um criminoso.

    Segundo relato de moradores nas redes sociais, após o ataque ao banco e troca de tiros com a polícia, pedestres e motoristas foram abordados e feitos reféns. Em vídeos, é possível ver moradores da cidade amarrados em carros sendo feitos de “escudo humano” para a fuga da quadrilha.

    O prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), afirmou em entrevista à TV Globo que comunicou o assalto ao governador João Doria durante a madrugada e a cidade recebeu reforço de segurança de Bauru, São José do Rio Preto e Presidente Prudente. Borges recomendou que a população aguarde em casa enquanto o trabalho da polícia é feito, e acrescentou que os criminosos podem ter esparramado artefatos explosivos nas vias enquanto fugiam. "Eles colocaram barricadas nas rodovias principais, atearam fogo em carros e caminhões", disse.

    A orientação da Polícia Militar é de que a população local não saia de casa porque há a suspeita de explosivos espalhados pela cidade. Segundo a PM, pelo menos dez carros foram utilizados na ação.

    A Santa Casa de Araçatuba informou que atendeu duas pessoas feridas no ataque, um adulto que foi baleado e um adolescente que foi atingido por estilhaços de um explosivo.

    Ainda de acordo com a Polícia Militar, algumas entradas da cidade foram fechadas pela quadrilha para evitar que reforços policiais cheguem ao local. Por causa da gravidade da ocorrência, o Baep de São José do Rio Preto, a 151,5 km de Araçatuba, foi acionado para auxiliar no caso.

    Tipo de crime é conhecido como novo cangaço

    A ação de quadrilhas especializadas em grandes assaltos, como este em Araçatuba, é conhecida nos meios policiais como "novo cangaço". O termo faz referência aos bandos itinerantes que atacavam quartéis e roubavam instituições financeiras em pequenas cidades do sertão nordestino, no século 19.

    Os ataques nos dias atuais envolvem grupos de 20 a 40 bandidos fortemente armados. Quase sempre os alvos estão em cidades pequenas, com efetivo policial reduzido. As ações são planejadas e, dependendo do alvo, as quadrilhas usam armas de guerra, como metralhadora calibre ponto 50, e recursos tecnológicos, como o drone usado em Jarinu. Conforme a polícia, as ações são planejadas e quase sempre envolvem facções criminosas.(Do Estado de SP)

    OUTRAS NOTÍCIAS

    veja também