• Quem são os cardeais que sucederão Francisco

    356 Jornal A Bigorna 06/05/2025 08:00:00

    Dos 135 votantes, 108 foram escolhidos durante o papado de Francisco. Veja como é o processo da eleição.

    A data está marcada: a partir da tarde de quarta-feira, 7, um grupo de 133 cardeais será enclausurado por tempo indeterminado no conclave que escolherá o novo líder da Igreja Católica. Serão provavelmente alguns dias até que a fumaça branca dê início a um coro de “habemus papam” pela Praça São Pedro, no Vaticano.

    Antes disso, o conclave enfrentará o desafio de escolher o substituto de Francisco, um pontífice carismático e popular. Não desponta um franco favorito, e parte dos anlistas acredita que o resultado pode surpreender, como foi com o argentino Jorge Mario Bergoglio, há 12 anos.

    Os papáveis

    Fotos dos cardeais papáveis: da esq p/ dir (de cima para baixo) - Fridolin Besungu, Jean-Marc Aveline, Juan José Omella, Luis Antonio Tagle, Matteo Zuppi, Péter Erdő; Peter Turkson, Pierbattista Pizzaballa e Pietro Parolin.

     

    As “congregações gerais” (reuniões pré-conclave) começaram dias após a morte do papa, em 21 de abril. Dentre os cardeais aptos a votar, 108 foram indicados por Francisco. Não significa, contudo, que o seu sucessor terá perfil semelhante.

    Para além de temas polêmicos e doutrinas, crises internas da Igreja (como finanças e denúncias de abusos) podem pesar. O grande número de cardeais “novatos” também tem potencial de alongar o tempo necessário para um nome obter os dois terços de votos necessários.

    Nos últimos dias, ganharam força negociações e intrigas pré-conclave: foi distribuído para os cardeais um dossiê secreto sobre 20 papáveis, como mostrou o Estadão. Entre os citados estava o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, nome próximo a Francisco. O último (2013) e o penúltimo conclaves (2005, que elegeu Bento 16) duraram dois dias.

    Outro fator importante é a idade. Francisco foi escolhido aos 76 anos; seus antecessores aos 78 (Bento 16), 58 (João Paulo 2º) e 65 (João Paulo 1º), respectivamente. Especialistas avaliam que as constantes mudanças e desafios do século 21 podem desestimular a escolha de alguém jovem, que fique por décadas. Por outro lado, um pontificado de poucos anos (o que é esperado de um papa mais velho) pode não alcançar a estabilidade desejada.

    Um resumo leve e descontraído dos fatos do dia, além de dicas de conteúdos, de segunda a sexta.

    Entre os nomes que despontam, a maioria é de europeus, especialmente italianos, mas fala-se também de cardeais de outros continentes, como Ásia e África. Especialistas veem como baixa a probabilidade de outro latino-americano, embora o Brasil tenha sete cardeais votantes e oito votáveis.

    O novo pontífice herdará discussões que desafiam a Igreja há anos. Algumas são dogmas e dificilmente passarão por mudanças, como a eutanásia e o aborto, mas outras têm visões distintas entre os cardeais, como união LGBT+ e celibato dos padres.(Do Globo)

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