• 1985 Jornal A Bigorna 23/04/2018 14:16:00

    Por Assis Chateaubriand – Li o artigo do escritor e poete José Carlos Santos Peres, na última edição do jornal A Voz do Vale, e sua palavras soaram como um alerta sobre o aumento dos andarilhos e pessoas que não tem para onde ir, e, deste modo, ficam perambulando pelas Praças da cidade.

    É um fato notório há tempos, que, na verdade, já deveria ter seus contornos, pelo menos, com um trabalho social mais abrangente. A prefeitura lançou uma campanha com cartazes pela cidade, dizendo para não dar esmolas e sim encaminhar os andarilhos. Mas quem tem que fazer tal serviço de encaminhamento são as profissionais do serviço social. Já quanto não dar esmola, é outra coisa subjacente, já que a pessoa não precisa dar esmola, mas vai negar um prato de comida a quem precisa?

    Para Zé Carlos, a prefeitura precisa conhecer o histórico desses rapazes (homens ou mulheres), saber de onde vêm e para aonde dar o encaminhamento. Ações humanitárias devem ser recrudescidas pelo governo, sem dúvida, e digo que, simplesmente ignorar o problema, não refletirá em nada na vida dessas pessoas necessitadas.

    Tem que haver consenso e projeto público forte na área, caso contrário, em pouco tempo, teremos também aqui, nossas ‘cracolândias’, o que não é difícil de acontecer. Não só Avaré perece. Em São Paulo a cracolândia é um mundo de ‘zumbis’ abandonados a própria sorte e desfigurados humanamente. Não há humanidade, pois são tratados como seres ‘alienígenas’, num mundo onde o altruísmo e a compreensão humanitária, cada vez é mais escassa.

    Chatô é escritor.

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    Um alerta
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