• Velório de Divaldo Franco na BA reúne centenas para despedida do “missionário do bem”

    108 Jornal A Bigorna 14/05/2025 12:00:00

    Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (14), as ruas da sede da Mansão do Caminho, periferia de Salvador, foram tomadas por amigos e admiradores do médium Divaldo Franco.

    Divaldo morreu nesta terça-feira (13), aos 98 anos, por falência de múltiplos órgãos. Nos últimos anos, vinha enfrentando problemas de saúde, incluindo um câncer na bexiga identificado em novembro de 2024.

    Ele foi um dos principais disseminadores da doutrina espírita no Brasil e fundador da Mansão do Caminho, entidade criada em 1952 que atende diariamente a 2.500 crianças da periferia de Salvador com escola e creche.

    O velório do líder espírita, realizado no ginásio da Mansão do Caminho, começou por volta das 9h. Admiradores, funcionários e voluntários da entidade fizeram fila para se aproximar do caixão.

    "Divaldo Franco é um missionário. Ele teve uma missão que foi designada a ele pelos benfeitores espirituais. Ele veio ao mundo e cumpriu a tarefa dele que era a assistência social aos mais necessitados, que ele chamava de filhos do calvário", afirmou Mário Sérgio Almeida, presidente da Mansão do Caminho.

    Ele lembrou a trajetória de Divaldo como um exemplo de dedicação e amor aos mais necessitados que deixou "pegadas luminosas" para aqueles que vieram depois e vão dar continuidade à sua obra.

    Também destacou o legado espiritual de Divaldo, o colocando no panteão dos grandes médiuns brasileiros ao lado de Chico Xavier, Zilda Gama, Ivone do Amaral Pereira e Eurípedes Barsanulfo do Nascimento.

     

    "São seres fora da curva da normalidade. Divaldo tinha uma percepção mediúnica que ia além dos olhos físicos. Ele tinha olhos espirituais", afirma.

    Divaldo Pereira Franco nasceu em maio de 1927 em Feira de Santana, (a 109 km de Salvador), caçula de uma família de 12 irmãos.

    Foi criado em família católica e, segundo depoimentos que deu ao longo da vida, começou a ver e ouvir espíritos ainda na infância. Anos depois, na juventude, se descobriu médium e passou a desenvolver a psicografia.

    Sua trajetória como líder religioso começou em 1947, ano em que ele fundou junto com o amigo Nilson de Souza Pereira (1924-2013) o Centro Espírita Caminho da Redenção, com sede em Salvador. O espaço foi o embrião para Mansão do Caminho.

    Divaldo escreveu mais de 200 livros que ele alegava terem sido psicografados sob orientação da sua guia, o espírito Joanna de Ângelis. Seus escritos se tornaram um sucesso editorial, vendendo mais de sete milhões de exemplares e sendo traduzido para diversos idiomas.

    O velório segue aberto ao público até as 17h. O enterro do líder religioso será realizado nesta quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.

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