
Em entrevista ao programa do radialista Rodivaldo Rípoli na manhã de ontem (28), o vereador César Morelli (PP), que é líder do prefeito na Câmara, não só equivocou-se como omitiu fatos em relação aos projetos de Crédito Especial das secretarias de Saúde e Educação do município.
Morelli, ao ser questionado por Rípoli sobre a hipótese de os projetos estarem parados na Câmara Municipal sem terem sido enviados para votação, acabou por responder de maneira deselegante por parte de um vereador que é conhecedor do trâmite dos projetos que adentram a Casa de Leis, já que é membro integrante da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
No caso de alguns projetos, em particular, como o do Crédito Adicional no valor de R$5.180.915,03 da Secretaria Municipal da Educação, não respondeu de maneira reta à pergunta do radialista quanto à tramitação do mesmo, omitindo a informação de que tal projeto, como outros que deram entrada no legislativo no dia 31/07/2018, apresentavam sérias contradições.
O grotesco equívoco do vereador se deu por conta de que ele mesmo assinou o parecer preliminar da CCJ no dia 16 de agosto, apontando divergências no projeto e solicitando ao Executivo que sanasse tais divergências para que o Projeto pudesse tramitar regularmente pela Casa.
Contudo, não foi isso o que o líder do prefeito fez durante a entrevista concedida, o vereador declarou quando indagado, do citado projeto.
“É lamentável se isso estiver ocorrendo, alguma coisa não regulamentar... em havendo a certeza de que isso está ocorrendo por dolo (quando há a intenção de agir) em se ficar protelando a apresentação do projeto, é claro que isso sugere erro, mas é uma coisa que a gente pode averiguar, se está havendo ou não”.- declarou em entrevista.
O vereador, em momento algum da entrevista esclareceu que durante a reunião da CCJ houve um parecer preliminar assinado por ele mesmo, em que a CCJ devolve o Projeto à prefeitura e solicitam esclarecimentos das divergências detectadas.
Morelli foi eleito pela Coligação de Denílson Rocha Ziroldo, junto com o PSBD, entretanto, após assumir o cargo abandonou a Coligação e se aliou a administração Silvestre.