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    Nova fase de testes para vacina chinesa contra Covid-19 começa em 20 de julho

    Saúde Pública

    884 Jornal A Bigorna 06/07/2020 22:00:00

    Os testes da fase 3 da vacina Coronavac, contra o novo coronavírus, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que foram autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), começarão no próximo dia 20.

    É a segunda liberação de testes pelo órgão. No dia 2 de junho, a Anvisa havia dado o aval à Universidade de Oxford, no Reino Unido.

    Na semana que vem, chegarão os lotes da vacina vindos da China e será iniciado o processo de distribuição para os centros de pesquisa.

     

    A pesquisa clínica será comandada pelo Instituto Butantan. O objetivo é testar 9.000 profissionais de saúde de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

    "Essa é uma etapa de fundamental importância na vida do país e na vida e na saúde de milhões de brasileiros", afirma o governador João Doria.

    Os voluntários deverão se cadastrar a partir de 13 de julho, através de um aplicativo. Na sexta-feira (10), o governo divulgará as informações para a inscrição.

    Para participar dos testes é preciso atuar no atendimento a pacientes com Covid-19, ser maior de 18 anos, não ter infecção prévia pelo novo coronavírus e nem doenças ou alterações que impeçam a vacinação, não participar de outros estudos e não estar grávida ou planejar engravidar nos três primeiros meses do estudo.

    Os testes da fase 1 e 2 já foram feitos em animais e seres humanos adultos saudáveis, respectivamente. A um contou com 144 voluntários e a 2 com 600, que são acompanhados na China.

    "Na fase 2 foram demonstradas a eficácia e segurança da vacina. Após 14 dias da segunda vacinação, mais de 90% das pessoas vacinadas desenvolveram proteção. É uma vacina que tem um perfil de proteção elevado e daí o nosso entusiasmo", afirma Covas.

    O quarto centro produtor de vacina da Sinovac, que produzirá a Coronavac, está em fase adiantada de construção. A expectativa é que a partir de setembro estejam disponíveis cerca de 100 milhões de doses, segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. "Essa fábrica da Sinovac terá capacidade de produção até o final desse ano de 300 e 500 milhões de doses", aponta Covas.

    "Nós temos um acordo preliminar de acesso até o final deste ano de 60 milhões de dose. Se a vacina for efetiva, o Brasil terá acesso a 60 milhões de doses", completa.

    A terceira fase dos testes custará R$ 85 milhões, integralmente custeados pelo governo.

    No mundo, há 136 vacinas em desenvolvimento e 12 em estudos clínicos. Destas, três estão na terceira fase —uma delas é a Coronavac, do Instituto Butantan com a Sinovac.

    Desde o início da pandemia até esta segunda-feira (6), o estado somou 323.070 casos de Covid-19, de acordo com dados apresentados pelo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes.

    O número de infectados é 1% maior que o registrado neste domingo (5), quando chegou a 320.179. Em relação aos óbitos, o aumento foi menor que 0,5% passando de 16.078 para 16.134. A taxa de letalidade pela doença está em 5%.

    "Nós já realizamos aqui em São Paulo mais de um milhão de testes. Estatisticamente, teremos mais casos, como já tem ocorrido nas últimas semanas. E por quê? Porque estamos testando mais e vamos continuar a testar", afirma o governador João Doria durante entrevista.

    "Continuamos com aquela proporção de casos confirmados, de 3/4 por exames diagnósticos, principalmente o PCR, e 1/4 por testes sorológicos rápidos", explica Menezes.

    Doria anunciou a distribuição de mais de meio milhão de testes para o estado. "Melhorar o diagnóstico aumenta o conhecimento da pandemia e reduz as subnotificações. O objetivo principal é reduzir a curva de óbitos e isso nós estamos conseguindo em São Paulo", diz Doria.

    Pela segunda semana consecutiva, são Paulo tem queda no número de óbitos por Covid-19. Houve uma diminuição de 36 mortes na semana que acabou no último domingo em relação à anterior. Se compararmos os períodos, foram 1,769 óbitos contra 1.733. a taxa de letalidade está em 5%. É o índice mais baixo de toda a série histórica.

    A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 63,9% no estado e 63,3% na Grande São Paulo. Internados nas UTIs com confirmação ou suspeita da doença somam 5.501 pacientes; outros 8.023 estão nas enfermarias.(Da Folha de SP)

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