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    Palanque do Zé #121 - Eleições 2020 (Segundo Turno)

    921 Jornal A Bigorna 30/11/2020 13:20:00


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    A maior apreensão que havia por parte das autoridades constituídas, era que a contagem dos votos sofresse com atrasos, assim como ocorreu no Primeiro Turno, em razão de ataques cibernéticos.

    De acordo com o Ministro do Supremo e atual Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Roberto Barroso, não houveram tentativas bem sucedidas de ataques aos sistemas daquela Judicatura, de modo que a apuração dos votos foi tranquila e a Corte não teve dificuldades para contabilizar os votos que recebeu de cada Tribunal Regional Eleitoral, como aconteceu no Primeiro Turno.

    Entretanto, mais cedo, o Presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido) voltou a afirmar que a apuração dos votos precisa ser mais transparente: "Você tem que ter uma forma mais confiável para votar e a apuração tem que ser pública; não pode ter meia dúzia de pessoas para contar os votos do Brasil todo; isso está errado (...) Tem que ter voto impresso e ninguém bota a mão do papel... qualquer delegado ou presidente de partido poderia pedir a recontagem daquela área e aí você ter a comprovação do voto eletrônico com o voto no papel (...) É pedir muito fazer isso? Quem não quer entender isso não sei o que pensa sobre democracia (...) Queremos confirmar o digital com o papel e muitos pedem isso e o boletim de urna o TSE tem obrigação de entregar, isso em nome da transparência por que temos que buscar uma maneira de tirar da cabeça do povo a dúvida de possíveis fraudes nas eleições".

    Não discordo do Presidente, pois convém sempre aprimorarmos o nosso Sistema Eleitoral, só não concordo que esses questionamentos sejam feitos no dia da Eleição, pois minam a confiança no já achincalhado método, que está entre os melhores do Mundo.

    Talvez, a afirmação origine-se no fato de que Bolsonaro não conseguiu eleger a grandiosa maioria das candidaturas que apoiou.

    Apesar de o Bolsonarismo não ter repetido o bom desempenho das eleições de dois anos atrás, a Direita Conservadora saiu-se muitíssimo bem em detrimento da Esquerda. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, pela primeira vez em toda a sua história, não governará nenhuma Capital. O Brasil conta com 5.700 municípios, mas o partido de Lula e Dilma governará menos de 180 Prefeituras nos próximos quatro anos.

    Na cidade de São Paulo, o cenário também não foi animador: Pela primeira vez o Partido ficou de fora do Segundo Turno e teve menos de 10% dos votos totais na primeira rodada.

    Apenas para encerrar essa análise, vale salientar que o MDB, líder inconteste do chamado Centrão, foi o grande vencedor das Eleições mais uma vez, pois conseguiu a maioria das Prefeituras do Brasil, assim como já acontece desde o fim do Regime Militar.

    Mas convém falar objetivamente da votação também. Em São Paulo, com 100% das Urnas apuradas, Bruno Covas (PSDB) foi reeleito com 59,38% dos votos. Ele derrotou Guilherme Boulos (PSOL), que obteve a preferência de 40,62% dos paulistanos. Mas o grande destaque mesmo, ficou para a somatória dos Votos Brancos, Votos Nulos e Abstenções, que somaram incríveis 44,97%.

    Entretanto, tudo isso não significa que a Esquerda está morta. Pelo contrário, Guilherme Boulos, que está sendo chamado de "O Novo Lula", mostrou claramente que chegou muito mais longe do que ele mesmo esperava.

    Na região de Avaré, a única cidade com Segundo Turno foi Bauru. Por lá, com 100% das Urnas apuradas, Suéllen Rosim (Patriotas) obteve 55,98% dos Votos Válidos. Ela derrotou Dr. Raul (Democratas), que ficou com 44,02% dos eleitores. Por lá, a somatória dos Brancos, Nulos e Abstenções foi pouco menor do que na Capital do Estado, ficando na casa dos 44,94%.

     

    A curiosidade desse Segundo Turno foi a eleição de Maguito Vilela (MDB), para a Prefeitura de Goiânia. É que apesar de estar entubado na UTI em razão de complicações da COVID-19 desde meados de outubro, ele foi o escolhido de 52,60% dos eleitores, contra de os 47,40% de Cardoso, seu oponente.

    Maguito, que fez campanha por apenas 21 dias, está em situação delicada de saúde. Tanto que é muito provável que ele sequer saiba que é o novo Prefeito de Goiânia. De acordo com os médicos responsáveis por cuidarem do Chefe do Executivo Eleito, ele deve passar boa parte do mês de dezembro sedado.

    Se correr tudo bem, após essa fase, ele ainda continuará na UTI por algum tempo, o que torna a sua Posse em 1º de Janeiro de 2021, altamente improvável.

    Caso Maguito continue internado até lá, o seu Vice-Prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), tomará posse, e ele assume as funções após recuperar-se. Se vier a óbito, o Vice será efetivado no cargo.

    Apenas para finalizar a Coluna dessa semana, gostaria de enfatizar o desprezo de boa parte da sociedade para com o Sistema Político. Muitos alegam que os altos índices de abstenção se deram em razão da Pandemia, mas isso não é totalmente verdade. Com quem quer do povo que se converse, fica mais do que claro que a população está farta de ser enganada ano após ano, com promessas de um futuro que nunca chega.

    Isso deveria servir de alerta para os Eleitos, que terão a oportunidade de fazer diferente para, quem sabe daqui quatro anos, serem merecedores de novos e mais expressivos votos. Porque a verdade é que, na maioria das cidades, inclusive aqui em Avaré, os vencedores governarão para uma maioria que não os queria na chefia do Executivo ou no Parlamento.

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