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    1166 Jornal A Bigorna 06/07/2021 21:30:00

    Palanque do Zé

    Você sabia que existem sete pessoas que possuem uma espécie de chave-mestra da Internet, e que juntas elas podem desligar e religar a Internet de todo planeta?

    Essas chaves, que na verdade são bem parecidas com o seu cartão de crédito, são gerenciadas pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), uma empresa sem fins lucrativos que é ligada ao Governo dos Estados Unidos.

    Mas os Sete Guardiões da Internet, não. Eles são voluntários e provenientes de vários lugares do mundo: (Norman Ritchie, do Canadá; Dan Kaminsky, dos Estados Unidos; Jiankang Yao, da China; Bevil Wooding, de Trinidad e Tobago; Moussa Guebre, de Burkina Fasso; Ondrej Surý, da República Checa e Paul Kane, da Inglaterra).

    De acordo com o jornal The Guardian, existem ainda outros sete  suplentes que, anualmente, devem enviar uma selfie ao lado de um jornal do dia e da chave de segurança ao ICANN para confirmar que tudo está como deveria ser.

    Quatro vezes ao ano, em datas desconhecidas previamente, os membros titulares do grupo se reúnem nos Estados Unidos para renová-las. Duas vezes na Costa Leste e duas na Costa Oeste, onde a ICANN mantém escritórios.

    Antes de conseguirem acesso à “chave geral” da Internet, os Guardiões ultrapassam uma série de portas que serão abertas somente após a realização de scanners de mãos e inserção de diversas senhas.

    A sala principal é monitorada por câmeras e não oferece qualquer tipo de comunicação com o mundo exterior. É lá que tudo acontece. Se tudo estiver bem e essa maratona toda para entrar tiver sido feita apenas para realizar uma daquelas quatro trocas anuais de senha que falei anteriormente, após o procedimento, cada membro do grupo sai da sala sozinho.

    Visando reforçar ainda mais o sistema, existem ainda 14 oficiais criptográficos que auxiliam os Guardiões, autorizando o uso de chaves e equipamentos que assegurem a autenticidade dos sites.

    Um destes oficiais é o brasileiro Frederico Neves, que é coordenador técnico do Registro.br, a organização brasileira que trabalha com registro de domínios nacionais, os famosos e queridos “.br”.

    Se você ainda não entendeu muito bem o que essas pessoas fazem, é importante que você saiba antes como a Internet funciona: Para acessar o Jornal A Bigorna, por exemplo, você acessa o seu navegador e digita www.jornalabigornaavare.com.br, certo?

     

    Acontece que esse é apenas como se fosse o nome fantasia do nosso site, que na verdade é composto por uma sequência de números conhecida por I.P. (Internet Protocol).

    Como você não iria querer decorar todas as sequências de números necessários para entrar em cada site que acessa, foi criado o sistema D.N.S, que converte “191.252.129.189” em “www.jornalabigornaavare.com.br”

    O problema é que esse sistema vive sendo alvo de ataques de pessoas que tentam roubar seus dados. Um exemplo clássico disso, é quando um hacker consegue redirecionar o endereço original de um site para uma página falsa, com o objetivo de coletar seus dados e utilizá-los de forma mal intencionada.

    Quando o problema é pontual, dá para resolver a questão de forma menos drástica. Mas se esse tipo de situação se generaliza, é necessário reiniciar o sistema todo, e é justamente aí que entram os Sete Guardiões da Internet.

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