O estilo de qualquer coisa
é o silêncio frio da indiferença,
um gesto vazio que passa despercebido,
a banalidade do mal vestida de rotina.
Entre ruas e olhares apressados,
faltam mãos que se estendam,
faltam olhos que enxerguem além de si,
faltam corações que se abram em empatia.
O mundo, manchado por guerras,
carrega cicatrizes que não se apagam,
gritos que ecoam em terras partidas,
esperanças soterradas sob o peso da violência.
Mas ainda há espaço para o milagre:
um abraço que cura,
um sorriso que ilumina,
um gesto de amor que resiste.
Que o estilo de qualquer coisa
seja reinventado em ternura,
que a esperança floresça mesmo no concreto,
e que o amor seja a linguagem universal
num tempo que clama por paz.
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André Guazzelli
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